Um novo estudo revelou que os probióticos do kombucha podem modificar o metabolismo das gorduras no intestino de forma similar ao jejum. Isso ocorre porque a bebida pode reduzir a gordura corporal e os níveis de triglicerídeos no sangue, que, quando elevados, aumentam o risco de doenças cardiovasculares.
O kombucha é uma bebida fermentada e adoçada que se tornou popular devido aos seus potenciais benefícios para a saúde, como a redução da pressão arterial, a prevenção do câncer e a proteção contra doenças metabólicas. Estudos sugerem que esses benefícios podem estar relacionados aos micróbios probióticos presentes na bebida e aos seus efeitos sobre o metabolismo humano.
O recente estudo, publicado em 28 de março no PLOS Genetics, foi conduzido por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, nos Estados Unidos, com o objetivo de compreender o impacto do kombucha no metabolismo.
Os pesquisadores utilizaram vermes nematoides C. elegans como modelo para o estudo, alimentando-os com a bebida. Eles descobriram que as leveduras e bactérias colonizaram os intestinos dos vermes, resultando em mudanças metabólicas semelhantes às observadas durante o jejum. Os micróbios alteraram a expressão de genes relacionados ao metabolismo das gorduras, aumentando a produção de proteínas que as quebram e reduzindo a produção de proteínas que formam os triglicerídeos, levando à redução das reservas de gordura nos vermes.
Os pesquisadores acreditam que essas descobertas fornecem insights sobre como os probióticos do kombucha podem afetar o metabolismo humano. No entanto, mais pesquisas são necessárias para confirmar se esses efeitos também ocorrem em humanos.
Os resultados deste estudo parecem corroborar descobertas anteriores sobre os benefícios do kombucha. Os pesquisadores destacaram que os animais que consumiram uma dieta com os micróbios probióticos do kombucha apresentaram menor acumulação de gordura, níveis reduzidos de triglicerídeos e gotículas lipídicas menores em comparação com outras dietas. Essas descobertas sugerem que os micróbios presentes no kombucha podem induzir um estado semelhante ao jejum no hospedeiro, mesmo na presença de nutrientes adequados.
