A partir de segunda-feira (18/8), a Biblioteca Pública Municipal Prefeito Rolf Colin, em parceria com a Sociedade Cultural Braille, promove exposição, palestras e oficinas sensoriais em comemoração aos 200 anos do Braille, o sistema de leitura e escrita para pessoas cegas.
A Biblioteca Municipal da Prefeitura de Joinville fica na rua Comandante Eugênio Lepper, 60, no Centro e possui um setor em Braille, com livros em áudio e livros digitalizados para as pessoas com deficiência visual. Além disso, é oferecido o serviço de digitalização. A biblioteca oferece 680 livros em Braille, 316 áudio-livros e mais de 5 mil títulos digitalizados em formato acessível para pessoas cegas.
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“Se, eventualmente, uma pessoa cega deseja ler um livro que não tem em Braille, nem em áudio, e também ainda não tem digitalizado, a gente faz esse trabalho. Nós escaneamos o livro, com um escaneamento específico para que fique no formato acessível e disponível para o deficiente visual”, explica Osmar Pavesi, agente administrativo da biblioteca e integrante da Sociedade Cultural Braille. O escaneamento de livros de literatura e didáticos é feito sob encomenda.
Instituído oficialmente em 1825 como sistema de leitura e escrita para pessoas cegas, o Braille consolidou-se como um dos mais relevantes marcos na promoção da educação e inclusão de pessoas com deficiência visual em âmbito mundial.
Programação com exposição, palestras e oficinas
A “Exposição Comemorativa – Bicentenário do Sistema Braille” vai de 18 a 29 de agosto. A mostra apresenta materiais e equipamentos utilizados na produção do sistema Braille, além de utensílios de uso doméstico, educacional e profissional adaptados às necessidades do público com deficiência visual. A atividade pode ser visitada gratuitamente de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, sem agendamento. Das 19h às 21h, ocorrerão visitas especificamente para grupos previamente agendados.
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As demais atividades também são abertas ao público em geral, especialmente estudantes. Porém, para participar, é necessário agendamento prévio. Isso ocorre para que os grupos tenham a assistência para a realização. Os horários serão ajustados com os próprios grupos.
Os agendamentos para grupos participarem das palestras e oficinas devem ser feitos pelo WhatsApp, pelo número (47) 99945-4969, com Osmar Pavesi.
O objetivo é levar conhecimento sobre o universo da cegueira, além de incentivar a empatia com pessoas com deficiência visual.
Uma das formas de aprofundar esse tema com as crianças de escolas que agendarem, será por meio da contação da história fictícia de Tortoronildo. Ela narra a vivência de um menino cego que utiliza os demais sentidos para superar a ausência da visão. Durante a atividade, as crianças terão a oportunidade de explorar utensílios e participar de dinâmicas com os olhos vendados, estimulando os sentidos do tato, da audição e do olfato. É recomendada para crianças de 5 a 10 anos de idade.
E no dia 23 de agosto, quando ocorre o Sábado Cultural, haverá uma oficina de Braille e desenho acessível, aberta à comunidade geral. Também é necessário agendamento.
Oficinas e palestras
- Oficina: “Confecção de Desenho Acessível para Cegos”. Duração de 30 minutos e recomendada para maiores de 11 anos.
- Oficina: “Noções Básicas de Escrita e Leitura pelo Sistema Braille”. Duração de 90 minutos e indicada para maiores de 11 anos.
- Oficina: “Técnicas do Guia Vidente no Auxílio aos Deficientes Visuais”. Duração de 30 minutos e recomendada para maiores de 16 anos.
- Oficina: “Introdução ao Sorobã – Matemática Tátil”. Duração de 1h e indicada para maiores de 12 anos.
- Palestra: “Desmistificando a Deficiência Visual – Fatos e Mitos”. Duração de 1h e recomendada para maiores de 16 anos.
- Palestra: “Práticas Inclusivas – Quatro Necessidades Básicas do Aluno com Cegueira”. Duração de 90 minutos e recomendada para maiores de 18 anos, especialmente para estudantes de Pedagogia e da área da Educação.