Santa Catarina gerou 6.702 novos postos formais de trabalho em agosto, com maior contribuição dos setores de serviços e da indústria. Segundo análise do Observatório Fiesc, o estado tem se beneficiado das obras de infraestrutura, relacionadas principalmente à construção de rodovias e à distribuição de energia.
Nos serviços, foram geradas 3.717 vagas, com destaque para as atividades de transportes, estimuladas pelo escoamento das safras e da produção industrial. Em agosto, o setor teve saldo de 1,2 mil vagas, localizadas, sobretudo, no transporte rodoviário de cargas.
Já a indústria catarinense foi responsável por 2.362 novas vagas. Destas, 1.409 foram geradas na construção, no 4º maior saldo do segmento entre as unidades federativas. As obras de infraestrutura têm movimentado a cadeia de fornecedores da indústria de transformação, em especial as atividades de fundição e fabricação de estruturas metálicas.
O mercado de trabalho formal também foi aquecido pela manutenção do consumo das famílias. Santa Catarina é um dos principais fornecedores de material plástico do país, beneficiando-se da demanda por artigos descartáveis e embalagens, por exemplo. Em agosto, o setor de produtos químicos e plásticos teve a segunda maior abertura de empregos na indústria, com 575 novas vagas.
Essa dinâmica também se refletiu na indústria de alimentos, particularmente na produção de laticínios, que gerou 171 vagas no mês. Além disso, o setor segue favorecido pelo aumento da produção nos frigoríficos catarinenses. Em 2023, o estado assumiu a segunda posição no ranking nacional de abate de aves.
O setor de madeira e móveis, que apresentou o maior fechamento de vagas na indústria em 2022, voltou a registrar expansão em agosto, com abertura de 113 postos de trabalho. Mesmo com o cenário restritivo para a exportação de produtos de madeira, a fabricação de móveis tem possibilitado uma recuperação parcial dos postos de trabalho.
Apesar do crescimento em alguns setores no estado, houve queda na indústria têxtil, confecção, couro e calçados. As vendas de tecidos, vestuário e calçados no varejo acumulam recuo de 7,5% no mercado nacional em 2023, o que levou ao fechamento de vagas em segmentos importantes da indústria catarinense, como a fabricação de artigos de cama, mesa e banho.