O Presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) entregou ontem (20) a nova proposta para a reforma da previdência para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (Dem-RJ).
A reforma do sistema previdenciário nacional tem sido discutida há anos – o assunto já estava em pauta no primeiro mandato do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), em 2003 – e foi uma das principais pautas do governo de Michel Temer (MDB), entre 2016 e 2018.
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O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Jaraguá do Sul (Sinsep), Luiz Cezar Schorner, destaca que o texto proposto não apresenta mecanismos para garantir que o impacto do déficit não recaia sobre a população mais pobre.
“Em um primeiro momento, não vemos nada de positivo nesta proposta. Não há nada que garanta que entes privados irão pagar os bilhões que estão devendo para a previdência, que terão de ser pagos pela população mais pobre – especialmente pela mulher pobre e trabalhadora”, avalia.
Para o líder sindical, ainda não há como estimar o impacto sobre os servidores públicos – a entidade está preparando estudos para encaminhar aos seus associados.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias do Vestuário de Jaraguá do Sul (STIV), Gildo Alves, é preciso perguntar quem vai pagar a conta da reforma.
“Uma reforma tem que haver, mas sem prejudicar o trabalhador. Do jeito que foi proposto, não vejo benefícios para a classe trabalhadora. Isto prejudica muito quem começou a trabalhar jovem”, diz.
Pela legislação vigente, um trabalhador que começou a trabalhar aos 16 anos poderia se aposentar aos 51 – se homem – ou aos 46, se mulher.
Com a reforma proposta, este mesmo trabalhador teria que trabalhar por mais 14 anos (homens) ou mais 16 anos (mulheres), explica o sindicalista.
O presidente da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul, Anselmo Luiz Ramos, ficou de manifestar sua opinião após estudar o texto proposto mais a fundo, mas não encaminhou seu parecer a tempo desta publicação.
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