Joseph Couri, presidente do SIMPI Nacional (Sindicato da Micro e Pequena Indústria), avaliou positivamente as medidas anunciadas pelo presidente Lula para apoiar as empresas afetadas pelo tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos. O pacote inclui uma linha de crédito de R$ 30 bilhões com garantia do Fundo de Garantia de Exportação (FGE), aumento nas alíquotas do Reintegra, compras governamentais de produtos perecíveis e a extensão de prazos para pagamento de impostos, entre outras ações.
Couri destaca que as pequenas empresas, que estão no centro das políticas de apoio, são o “elo mais fraco” da cadeia produtiva, e que o foco nas micro e pequenas indústrias foi essencial. No entanto, ele alerta que as medidas atendem apenas a 65% das exportações, com 35% ainda sendo afetadas pela tarifa de 50%.
“As ações são positivas, mas o impacto das tarifas continua a prejudicar uma parte significativa das exportações, especialmente para aqueles negócios que não conseguem redirecionar seus produtos ou renegociar com os compradores americanos. O governo tomou a decisão correta em focar nas pequenas empresas, mas é necessário continuar acompanhando as necessidades dessas empresas que ainda não estão totalmente amparadas.”
Couri também ressalta que as regiões Sul e Sudeste são as mais prejudicadas, e observa que, embora as medidas sejam um alívio, ainda existe uma grande preocupação com a manutenção do nível de emprego. Ele adverte que muitas empresas que não conseguem garantir a venda de seus produtos podem ser forçadas a demitir, e que as medidas de crédito devem ser acompanhadas de uma análise contínua sobre o impacto no mercado de trabalho.
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“O principal desafio será garantir que as empresas possam manter seus empregos. Aqueles que não conseguem adaptar seus produtos ou mercados podem sofrer sérios impactos. A discussão sobre essa tarifa não é apenas econômica, é política, e esperamos que o governo consiga resolver essa questão de forma satisfatória.”
Couri conclui destacando o trabalho conjunto do governo federal, governadores e diversos órgãos envolvidos na busca de soluções para a crise e reitera que novas medidas podem ser necessárias para proteger ainda mais as empresas e os empregos.