Inflação de Janeiro é de 0,78%, aponta IBGE

Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Pedro Leal

26/01/2021 - 09:01 - Atualizada em: 26/01/2021 - 09:56

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) cresceu 0,78% em janeiro, contra 1,06% em dezembro. É o maior resultado para um mês de janeiro desde 2016, quando o índice foi de 0,92%.

Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,30%, acima dos 4,23% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2020, a taxa foi de 0,71%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram alta em janeiro. O maior impacto (0,32 p.p.) veio de Alimentação e bebidas (1,53%), que desacelerou em relação ao resultado de dezembro (2,00%).

Na sequência, veio Habitação, com alta de 1,44% e 0,22 p.p. de contribuição.

Juntos, os dois grupos responderam por cerca de 69% do índice de janeiro. A terceira maior variação veio dos itens de Vestuário (0,85%), que apresentaram deflação no mês anterior (-0,44%).

Outros destaques foram as altas de Artigos de residência (0,81%) e Saúde e cuidados pessoais (0,66%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,01% em Comunicação e a alta de 0,40% em Despesas Pessoais.

A desaceleração em Alimentação e bebidas (1,53%) ocorreu principalmente por conta dos alimentos para consumo no domicílio, que passaram de 2,57% em dezembro para 1,73% em janeiro.

As carnes (1,18%), o arroz (2,00%) e a batata-inglesa (12,34%) apresentaram altas menos intensas na comparação com o mês anterior (quando variaram 5,53%, 4,96% e 17,96%, respectivamente).

Já as frutas subiram 5,68%, frente à alta de 3,62% no mês anterior, e contribuíram com o maior impacto (0,06 p.p.) entre os itens pesquisados. No lado das quedas, o destaque foi o recuo nos preços do tomate (-4,14%).

Os alimentos para consumo fora do domicílio seguiram movimento inverso, acelerando de 0,58% para 1,02% na passagem de dezembro para janeiro.

Enquanto a refeição (0,81%) apresentou variação próxima à do mês anterior (0,86%), o lanche passou de um recuo de 0,11% para alta de 1,45%, contribuindo decisivamente para o resultado observado em janeiro.

No que diz respeito aos índices regionais, todas as regiões pesquisadas apresentaram variação positiva em janeiro.

O maior índice foi observado na região metropolitana do Recife (1,45%), especialmente por conta das altas nos preços da gasolina (5,85%) e da energia elétrica (4,55%).

Já o menor resultado foi verificado em Brasília (0,33%), onde pesou a queda nos preços das passagens aéreas (-29,20%).

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 12 de dezembro de 2020 a 14 de janeiro de 2021 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 13 de novembro a 11 de dezembro de 2020 (base).

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.