Por Kamila Schneider | Foto Arquivo OCP
O mercado de trabalho de Jaraguá do Sul voltou a reagir e registrou a criação de 195 novas vagas de emprego formal em junho deste ano. Como reflexo, o município fechou o primeiro semestre com um saldo positivo de 1.393 novos postos de trabalho, resultado quase duas vezes superior ao observado no mesmo período do ano passado. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados na tarde desta segunda-feira (17) pelo Ministério do Trabalho.
O resultado é a diferença entre 11.839 admissões e 10.446 demissões, indicam os números do Caged. Trata-se do melhor resultado para o primeiro semestre desde 2014, quando o saldo de emprego dos seis primeiros meses do ano ficou em 2.023 vagas. No ano passado, o município amargou a perda de 1.615 postos de trabalho entre janeiro e junho, enquanto em 2015 o resultado ficou positivo em 730 vagas.
A indústria da transformação liderou o desempenho positivo do município com a abertura de 998 postos no primeiro semestre. O número representa 71,4% das vagas encerradas no mesmo período do ano passado, quando a indústria apresentou saldo negativo de 1.396 postos. Desde o início do ano, a atividade industrial vem crescendo no município, movimento que pode ser notado pelo aumento no volume de importações e exportações registrado nos últimos meses, com avanços de 19,4% e 18,8% respectivamente.
SALDO DE EMPREGO EM JARAGUÁ DO SUL NO PRIMEIRO SEMESTRE:
Também apresentaram saldo positivo os setores de serviços (217), comércio (74), construção civil (55), administração pública (48) e agropecuária (5). O setor de serviços industriais de utilidade pública foi o único a registrar saldo negativo, com a perda de quatro postos.
Dentre os subsetores da economia, o melhor desempenho foi observado na indústria têxtil, responsável pela criação de 845 postos. Os números do Caged levam em conta tanto as contratações e demissões das grandes indústrias, quanto das pequenas confecções e malharias. Segundo o MT, mais de 500 empresas atuam neste ramo em Jaraguá do Sul. No primeiro semestre do ano passado, o saldo da indústria têxtil havia ficado negativo em 351 postos de trabalho.
Já o pior resultado ficou com a indústria mecânica, segmento que perdeu 65 postos de trabalho entre janeiro e junho deste ano. É o terceiro ano consecutivo que o ramo registra saldo negativo no emprego no primeiro semestre do ano – em 2015, o segmento havia perdido 36 vagas, enquanto em 216 o número de postos encerrados chegou a 149.
Santa Catarina retoma ritmo de
crescimento e cria 21,1 mil postos
Em Santa Catarina, o primeiro semestre foi de avanços significativos para o mercado de trabalho. Entre janeiro e junho deste ano, o Estado criou 21.183 postos formais de trabalho. O número é quase quatro vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando o Estado perdeu 7.767 vagas de emprego. Em junho, entretanto, o resultado foi negativo, com o encerramento de 1.546 postos.
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