Após uma sequência de quedas no volume de exportações e no saldo da balança comercial, o Brasil cresceu novamente no mercado internacional em 2017, com saldo recorde: US$ 67 bilhões, embora o volume de exportações, de US$ 217,7 bilhões. Esse crescimento se viu puxado principalmente pelo crescimento da agropecuária, com expansão de 24,3%, apesar da queda de 6,42% nas exportações de frango, o principal produto pecuário de Santa Catarina.
O principal produto de exportação do setor, a soja, cresceu 243%. O total de exportações teve incremento de 9,3%. Mais da metade do volume de exportações do país é composto por matérias primas e produtos não processados – as chamadas commodities; o segmento foi responsável por 77% do crescimento.
Com pequena participação no mercado internacional, Massaranduba e Corupá se destacaram pelo saldo positivo: US$ 2,36 milhões em Massaranduba e US$ 753 mil em Corupá. Em Massaranduba, o produto agrícola a se destacar foram as bananas: 1,7 toneladas do fruto foram exportadas, contribuindo com US$ 296,6 mil para o volume de exportações, 21% acima de 2016 – pouco mais de um décimo dos US$ 2,7 milhões que o município exportou. O fruto ficou atrás apenas de tratores e maquinário agrícola, responsáveis por 40,15% do volume: US$ 1,086 milhão.
Já Corupá teve sua balança puxada pela indústria de móveis, representando 73,3% do volume, com US$ 562 mil, seguido por sementes, frutos e esporos para sementadeiras: US$ 85 mil, 10% do volume de exportações, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. No entanto, segundo a diretora executiva da Associação dos Bananicultores de Corupá (Asbanco), Eliane Cristina Miller, os dados do Ministério não representam a totalidade das exportações.
Grande parte das vendas de banana são feitas dos produtores para aduanas que fazem a exportação para o Mercosul, explica Eliane, aproveitando a proximidade geográfica – e são essas cidades que acabam por registrar a exportação. Em 2017, o município exportou oito mil toneladas do fruto e vendeu outras 72 mil toneladas no mercado interno, sendo o segundo maior produtor de banana do país, atrás apenas de Bom Jesus da Lapa, na Bahia. No norte catarinense, 15% da produção é voltada para a exportação.
“Tivemos em 2017 uma safra bem positiva, resultado dos rendimentos com colheita de 2016, refletidos em investimentos, e do clima mais favorável que tivemos no ano. Para 2018, vamos depender do clima, mas acreditamos que será um ano de alta produtividade”, ressalta. O estado é o quarto maior produtor de banana no país, que consome 98% de sua produção. A baixa safra de 2016 resultou em preços elevados – que chegaram até R$ 40 por caixa de 21 quilos. Em contrapartida, a safra de 2017 reduziu esses preços a uma média de R$ 10,50.
Apesar da produção elevada – 1,6 milhão de sacas – a rizicultura não contribuiu de forma considerável para o volume de exportações da região, por ser destinada ao mercado interno. O estado estima produção de 1.170.242 toneladas do grão em 2018. No país, o volume de exportações do grão cresceu 27%, somando US$ 18,167 milhões. Embora o país importe arroz do restante do Mercosul, a participação deste no volume de importações ficou abaixo de 0,10%, não sendo listado individualmente pelo Ministério do Comércio Exterior.
SALDO E PRINCIPAIS PRODUTOS DE EXPORTAÇÃO EM 2017:
GUARAMIRIM
– Saldo: US$ – 25.7 milhões
– Suportes elásticos para camas, colchões, edredons, almofadas e similares: US$ 1,787 milhão
– Camiseiros, blusas e blusas camiseiros de uso feminino: US$ 487 mil
CORUPÁ
– Saldo: US$ 753.221
– Móveis e suas partes: US$ 562 mil
– Frutos, Sementes e Esporos para sementadeira: US$ 84 mil Em torno de oito mil toneladas de bananas para cidades exportadoras, que não é contabilizado pelo Ministério.
MASSARANDUBA
– Saldo: US$ 2.360 milhões
– Tratores: US$ 1 milhão
– 1,7 toneladas de bananas exportadas: US$ 296,6 mil
SCHROEDER
– Saldo: US$ -2.552 milhões
– Tecidos: US$ 2,25 milhões
– Bombas para líquidos: US$ 216 mil
JARAGUÁ DO SUL
– As exportações seguem lideradas pela indústria, em especial os motores e geradores elétricos, sozinhos responsáveis por 68,9% das exportações, com crescimento de 21%. Com saldo de U$ 281 milhões, o município exportou US$ 591 milhões e importou US$ 310 milhões.
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