Voluntários de Jaraguá do Sul: Elizete acredita que todos podem contribuir com dedicação

Perdas na vida de Elizete a encaminharam para o voluntariado | Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Elissandro Sutil

03/08/2018 - 05:08 - Atualizada em: 29/05/2024 - 11:17

O voluntariado sempre esteve presente na vida da jaraguaense Elizete Cristina Rosá, 56 anos. De alguma forma, ela sempre buscou ajudar o próximo, mesmo anonimamente.

Emotiva, afirma que se apega fácil às pessoas e, portanto, teve facilidade em desempenhar essa função. Casada, mãe de um casal e avó de três crianças, hoje ela administra o lar, mas já atuou durante anos na pequena empresa da família.

Há mais de cinco anos, é voluntária na Rede Feminina de Combate ao Câncer de Jaraguá do Sul (RFCC), onde normalmente atua no Bazar localizado na sede da entidade. Elizete conta que seu objetivo sempre foi se engajar no voluntariado.

Tanto que, antes de ingressar na entidade, já fazia esse trabalho anonimamente. “Eu procurava ajudar muitas pessoas, mas sem me identificar”, revela. Há alguns anos, quando a sogra adoeceu, Elizete ajudou a cuidá-la.

“Ela teve demência e comecei a me envolver com ela conforme foi ficando mais debilitada. Então, passei a me ausentar um pouco da empresa. Logo depois, minha mãe teve um câncer”, recorda.

Ambas acabaram falecendo e Elizete passou por um período difícil. Começou a ficar em casa e enquanto absorvia tudo o que estava acontecendo, desenvolveu um quadro de ansiedade junto à tristeza.

“Aí eu pensei: agora é a hora. Já estava com uma certa idade, meus filhos estavam crescidos e assumiram a empresa junto ao meu marido. Aí ingressei na Rede Feminina”, relata. Na época, ainda emocionalmente abalada, a dona de casa deixou de optar, por exemplo, por um trabalho voluntário no Hospital São José, meta que ainda pretende realizar.

Sempre se preparando para o melhor

Ela diz que não quer passar sua tristeza para as pessoas, por isso pretende continuar se preparando melhor. “Eu sou muito emoção. Então, resolvi vir para a Rede Feminina porque tem vários setores e eu não necessitava trabalhar diretamente com os pacientes”, conta.

Atuando no Bazar da RFCC, ela costuma auxiliar as pessoas a se vestirem, dá opinião e sempre procura passar um bom astral, “botá-las para cima”. No entanto, toma cuidado com o que traz e o que leva consigo dessa experiência.

Voluntariado acompanha a vida de Elizete há mais de cinco anos | Foto Eduardo Montecino/OCP News

Voluntariado acompanha a vida de Elizete há mais de cinco anos | Foto Eduardo Montecino/OCP News

Para Elizete, todos podem contribuir e trabalhar pelo próximo, desde que com dedicação e verdade naquilo que fazem. Em casa, tem o apoio da família e garante que as lições que aprendeu com a doença da mãe e da sogra a fizeram ver a vida de outro modo.

A voluntária agradece à Rede Feminina pela oportunidade de servir à comunidade em que nasceu, cresceu, criou seus filhos e onde vive uma rotina abençoada e feliz.

“Amo Jaraguá do Sul, não trocaria por nenhuma outra cidade. Minha família é daqui e lembro que quando Jaraguá fez 100 anos eu estava a escola Heleodoro Borges e fiz parte da festa. Foi uma alegria maravilhosa. Tenho fotos da gente carregando o bolo e eu também tocava na fanfarra”, recorda com carinho.

Como ajudar?

Colabore com a Rede Feminina de Jaraguá do Sul fazendo sua doação através da conta corrente nº 4344-3 do Banco do Brasil, Agência 0405-7.

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