Você já percebeu que, em momentos de estresse ou preocupação, sua pele começa a ficar mais opaca, sensível ou até mesmo apresentar espinhas e irritações? Não é coincidência. Segundo a dermatologista Fátima Tubini, a pele reage intensamente às emoções, funcionando como um verdadeiro espelho do que sentimos.
“A pele é um órgão altamente sensível ao nosso estado emocional. Ela possui milhares de terminações nervosas e receptores hormonais que a tornam diretamente influenciada pelo que acontece na mente”, explica a médica Fátima Tubini, que ressalta: “Quando estamos sob estresse ou ansiedade, o organismo libera cortisol, hormônio que desencadeia inflamações, reduz a hidratação natural da pele e desestabiliza a barreira de proteção cutânea, favorecendo o surgimento de dermatites, acne e sinais de envelhecimento precoce”.
A especialista detalha que episódios de estresse crônico não apenas alteram a aparência da pele, mas também sua capacidade de cicatrização e renovação. “Em situações de ansiedade prolongada, a renovação celular diminui, e os radicais livres aumentam, o que leva ao aparecimento de rugas finas, manchas e perda de luminosidade”, afirma Tubini.
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Em contraste, emoções positivas têm efeito profundamente benéfico sobre a pele. “Quando estamos felizes, o corpo libera serotonina e endorfina, hormônios associados ao prazer e ao bem-estar. Eles promovem melhor vascularização, estimulam a produção de colágeno e combatem inflamações internas, deixando a pele mais viçosa, firme e iluminada”, esclarece a dermatologista Fátima.
Para manter a pele saudável, é fundamental adotar uma abordagem de cuidado que vá além dos cremes e tratamentos estéticos. “Cuidar da mente é cuidar da pele. Técnicas como a prática regular de atividades físicas, meditação, alimentação equilibrada, o consumo de uma boa quantidade de água por dia e boas noites de sono são poderosos aliados da saúde cutânea”, recomenda Fátima Tubini.
Ainda segundo a dermatologista, pacientes que enfrentam doenças de pele com forte componente emocional, como rosácea, psoríase e dermatite atópica, podem passar por um tratamento interdisciplinar. “O acompanhamento psicológico, aliado às consultas dermatológicas, potencializa os resultados e traz melhorias significativas tanto na pele quanto na qualidade de vida do paciente”, orienta Tubini.
“Não podemos separar o que acontece na mente do que se manifesta na pele. Entender essa conexão é essencial para oferecer tratamentos verdadeiramente eficazes e humanos”, conclui a dermatologista Fátima Tubini.