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Soluço: o que causa e como parar

Foto: Freepik

Por: Priscila Horvat

29/04/2025 - 10:04 - Atualizada em: 29/04/2025 - 10:08

O soluço costuma aparecer de forma repentina, atrapalha conversas, refeições e até o sono, mas geralmente desaparece tão rápido quanto surgiu. Ainda assim, poucas coisas causam tanta curiosidade (e criatividade!) quanto essa contração involuntária do corpo. Entre os métodos populares para combatê-lo, o mais inusitado talvez seja o famoso susto. Mas será que ele realmente resolve?

Para entender a origem do soluço, é preciso conhecer o papel do diafragma. Esse músculo, responsável por separar o tórax do abdômen e essencial para a respiração, pode sofrer contrações involuntárias. Quando isso acontece, as cordas vocais se fecham de forma abrupta, gerando o som típico que todos conhecem. Esse espasmo pode ser causado por refeições apressadas, ingestão de bebidas gaseificadas, alterações bruscas de temperatura ou até ansiedade.

E o susto, então? Apesar de parecer apenas uma brincadeira, há uma explicação fisiológica por trás dessa estratégia. O susto ativa o sistema nervoso autônomo, estimulando nervos como o vago e o frênico, que estão diretamente ligados ao reflexo do soluço.

Esse estímulo repentino pode, em alguns casos, reiniciar o circuito responsável pela contração. No entanto, especialistas alertam que ainda não há comprovação científica sólida de sua eficácia. Quando funciona, provavelmente é mais pela distração momentânea do cérebro do que por uma resposta clínica de fato.

Outras táticas bastante conhecidas, como prender a respiração, beber água gelada aos poucos ou engolir uma colher de açúcar, também atuam nesses mesmos nervos e podem trazer alívio imediato.

Na maioria das situações, o soluço não exige preocupação e some sozinho em poucos minutos. No entanto, se durar mais de 48 horas ou ocorrer com frequência, é importante buscar avaliação médica. Em casos persistentes, ele pode estar associado a condições mais sérias, como alterações neurológicas, distúrbios metabólicos ou efeitos de certos medicamentos.

Ou seja, o susto pode até funcionar de vez em quando, mas se o soluço insistir, o ideal é consultar um médico para investigar possíveis causas ocultas.

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Priscila Horvat

Jornalista especializada em conteúdo de saúde e puericultura.