Dados atualizados nesta sexta-feira (5) pela Secretaria da Saúde de Jaraguá do Sul apontam quatro casos confirmados de dengue registrados no município, mas contraídos fora da cidade. Em dois casos, as pessoas visitaram Paranaguá (PR); outro paciente esteve no Mato Grosso e outro ainda visitou Ribeirão Preto (SP) e Goiás.
Mudança de comportamento é fundamental para combate à dengue
O diálogo entre a comunidade, vizinhos e colegas de trabalho é peça chave para o combate ao mosquito Aedes aegypti, que pode transmitir doenças como dengue, febre chikungunya e zika vírus. A afirmação é do coordenador do Programa Municipal de Combate à Dengue, Augusto Poffo, que relata que muitas pessoas estão solicitando vistoria na casa do vizinho sem ao menos tentar conversar com ele antes. “Nenhuma prefeitura é capaz de vistoriar todas as residências do município. A mudança de comportamento e a união entre a comunidade para eliminar os locais com água limpa parada é fundamental”, destaca Poffo.
Ele informa que 75% das residências da cidade são propícias para a proliferação do mosquito, sem que os proprietários percebam. “Ralo que não se usa, calhas de água da chuva com acúmulo de água, pratinho de vaso de flor, tampinha de garrafa, copos plásticos, casca de ovo e qualquer recipiente artificial que tenha o formato côncavo podem ser criadouros para as larvas do mosquito”, cita Poffo.
O diretor de Vigilância em Saúde, Dalton Fernando Fischer, ressalta que o canal mais eficiente para denúncias de terrenos baldios com acúmulo de lixo, piscinas sem manutenção ou casos em que o diálogo não é possível, é a Ouvidoria do SUS, por meio do número gratuito 0800-642-0136. “Dessa forma, a Diretoria de Vigilância em Saúde acompanha a denúncia, pode priorizar os casos de mais risco e o cidadão tem garantida uma resposta”, explica Fischer.
Análise de 19 mil larvas de mosquito
Todas as larvas recolhidas das armadilhas instaladas na cidade são analisadas por agentes especializados no Laboratório de Entomologia, da Diretoria de Vigilância em Saúde, anexa ao Pama 1. Das 19 mil larvas de mosquito analisadas neste ano pelas agentes, 23 eram do Aedes aegypti. Os dois focos foram encontrados em armadilhas do bairro Água Verde e Centenário.