Os alemães, italianos e poloneses foram os primeiros imigrantes a chegarem na região de Massaranduba e iniciaram o processo de ocupação definitiva das terras. As primeiras ocupações de imigrantes, segundo as fontes oficiais, se deram por volta de 1870, devido à expansão da ocupação da Colônia de Blumenau, cidade próxima de Massaranduba.
O governo brasileiro incentivou a colonização em Massaranduba e em outras regiões de Santa Catarina oferecendo formas de pagamento das terras. Segundo relatos e depoimentos de descendentes de poloneses, cada família recebia um lote de 1000 metros de comprimento por 250 a 275 m de largura. O lote era pago com a prestação de serviços ao governo, como abertura de picadas e estradas, construções de pontes, ou seja, obras públicas.
Na época, a área se dividia entre duas localidades: Campinha e Patrimônio. As terras começaram a produzir e a região a prosperar, com a chegada de mais ocupantes de lotes coloniais. Eram imigrantes poloneses, que fugiam das más condições de vida da terra natal e se estabeleceram nas terras de Massaranduba, Braço do Norte e entornos.
Os imigrantes italianos também fazem parte da história de Massaranduba. Segundo o portal da Prefeitura do Município, eles chegaram na região em 29 de novembro de 1977 e em 5 de dezembro do mesmo ano, chegou mais uma leva de 100 italianos. Esses imigrantes se instalaram no Braço do Norte e no Primeiro Braço, e assim iniciou o processo da ocupação da região alta do município.
Os poloneses também instalaram- se na região da Campinha, onde chegaram procurando novas terras para cultivar. A região recebeu esse nome devido às enormes áreas alagadas. Em italiano, o termo significa “campos grandes”. Eles se estabeleceram e iniciaram o plantio de arroz, que hoje representa grande parte da economia local.
Hoje, aproximadamente 70% da área de Massaranduba é de arroz irrigado. A dedicação do agricultor ao cultivo do grão dá ao município o título de Capital Catarinense do Arroz, dando destaque ao grão que é um dos principais pilares da economia local.
Os agricultores do município optam pelo cultivo de arroz porque o clima da região, que fica geralmente entre 20 °C e 35 °C, favorece o plantio. Além disso, o arroz necessita de um solo plano para se desenvolver, o que é possível encontrar em diferentes regiões do município. Destaca-se também o cultivo da banana, palmáceas, eucalipto, pinus e criação de peixes em açudes, principalmente tilápia.
Além dos poloneses, italianos e alemães, outras etnias ajudaram e contribuíram para a atual formação étnica de Massaranduba. Registra-se a presença de açorianos, em especial na comunidade Ribeirão da Lagoa.
Pela Lei n° 247 de dezembro de 1948, foi criado o município de Massaranduba. No entanto, pouco durou o novo município, pois no segundo semestre de 1949, a sede e a denominação passaram de Massaranduba para 2° Distrito de Guaramirim.
Finalmente, através da Lei Estadual n° 746/61, de 29 de agosto de 1961, Massaranduba volta a ser emancipado, recebendo o nome de Adolfo Konder, contestado pela população. Como resultado de um abaixo-assinado, o município voltou a denominação de Massaranduba. Dia 11 de novembro, foi instalada a sede do município.
Os imigrantes trouxeram consigo não apenas suas bagagens físicas, mas também suas tradições, histórias e sonhos. Vieram de diferentes partes do mundo, com culturas diversas, línguas e experiências únicas. A riqueza gastronômica, por exemplo, é um reflexo da fusão de sabores trazidos por esses imigrantes.
Além disso, a diversidade cultural trouxe consigo uma ampla gama de tradições, festivais e celebrações que enriquecem a vida da cidade. Cada grupo étnico contribuiu para a riqueza cultural da região, e as festas tradicionais, danças e músicas refletem essa mistura harmoniosa de influências.
Desde a década de 1980, o município também registra a vinda de muitos paranaenses em busca de melhores condições de vida, além de pessoas de outros estados e municípios brasileiros.