Ontem foi dada a arrancada do Projeto de Revitalização do Calçadão da Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, em Jaraguá do Sul, com a assinatura do Termo de Compromisso e formação de grupos de trabalho entre Prefeitura e lojistas. Inicialmente, eles tratarão de ações pontuais e emergenciais em 30 dias, como implantação de mais três lixeiras coletivas, melhorias na iluminação, reposição de floreiras, manutenção de bancos, bicicletários e nivelamento de pavers. A decisão ocorreu na manhã de ontem, durante reunião realizada no Museu Histórico Emílio da Silva, que envolveu representantes do poder público, Sebrae, associados da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e demais lojistas do Calçadão.
O acordo resultou na criação de comissão formada por oito pessoas: quatro lojistas do Calçadão e quatro representantes da Prefeitura, sendo o secretário de Desenvolvimento Urbano, Ronis Bosse; secretário de Obras e Serviços Públicos, Ivan Wolter; presidente da Fundação Cultural, Sidnei Lopes; e o presidente do Instituto Jourdan, Ronaldo Lima.
O vice-presidente da CDL, Gabriel Seifert, confirma que além da formação da equipe de trabalho, o próximo passo será elaborar um projeto arquitetônico para revitalizar o Calçadão, “que é diferente do projeto macro de revitalização de Jaraguá do Sul, que está no Ministério das Cidades”, enfatiza. Destaca ainda que a intenção é tornar o espaço mais atraente para consumidores e lojistas, “acolhedor e agradável para todos que ali passarem, de moradores a turistas”.
A analista técnica do Sebrae de Jaraguá do Sul, Zenilde Balsanelli, explica que a instituição está inserida no projeto de Revitalização do Calçadão acompanhando o processo, por meio de capacitação para a gestão e consultoria aos lojistas. “A gente não entra com recursos, mas sim, orientando a parte estrutural, porque não adianta revitalizar e as empresas não estarem preparadas”, resume.
O prefeito de Jaraguá do Sul, Dieter Janssen, salientou os esforços da administração em contribuir para as melhorias. “Temos que somar esforços, discutir juntos as ações”, resumiu.
À espera das mudanças
O educador físico Martin Yuri Parlow Pihnto, 23 anos, que andava no calçadão na manhã de ontem, concorda que é necessário implantar mudanças no local. “É importante dar uma revitalizada nessa parte do Centro, que é bem movimentada, e também dando uma característica familiar, por ser um espaço de Cultura, com o Museu”. A estagiária da Biblioteca Pública Municipal Rio Barbosa, Maiara Jeck, 23, referenda a opinião de Martin e lembra do mau estado do paver, que causa riscos à mobilidade, especialmente “às pessoas que não enxergam, ou enxergam mal, e idosos”.
Melhorias elencadas pelos lojistas:
• Manutenção da arborização;
• Drenagem e escoamento de água mais eficaz, para evitar novos alagamentos;
• Manutenção de floreiras, bancos e das lixeiras já instaladas;
• Melhorias na iluminação LED, que inclui a parte externa do Museu Emílio da Silva e as calçadas;
• Fiscalização sobre vendedores ambulantes;
• Criação de vagas de carga e de desembarque;
• Instalação de bicicletários;
• Criação de parklets temporários (para venda de alimentos);
• Padronização das mesas externas e apresentação do Projeto de Revitalização Estrutural, do Calçadão e ruas do entorno.