Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Pesquisa nacional aponta que Santa Catarina reduziu em 12% o desmatamento da Mata Atlântica

Foto: Adrio Centeno/Divulgação/IMA

Por: Pedro Leal

02/06/2025 - 16:06 - Atualizada em: 02/06/2025 - 16:18

De acordo com o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, coordenado pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o desmatamento do bioma em Santa Catarina apresentou uma queda de 12%. O levantamento considera o período de julho de 2023 a junho de 2024, em comparação com o ano anterior. A redução é ainda mais relevante, tendo em vista que, no período de julho de 2022 a junho de 2023, o Estado já havia registrado uma diminuição de 86%.

Outro indicativo positivo é que nenhum município catarinense figurou na lista dos 20 municípios com maior desmatamento em área de mata, o que demonstra uma dispersão das ocorrências e menor pressão localizada.

1% de aumento nas taxas de reciclagem pode reduzir cerca de 2000 toneladas de resíduos plásticos por ano, aponta pesquisa

“Santa Catarina tem mostrado que é possível crescer com responsabilidade ambiental. A nova redução no desmatamento da Mata Atlântica é fruto de um trabalho sério, que combina o uso de tecnologia, fiscalização eficiente e políticas públicas bem direcionadas. O meio ambiente é mais uma área em que os catarinenses demonstram seu compromisso e protagonismo, assim como já é com o nosso agronegócio, no comércio exterior e na produção industrial. Trabalhamos com equilíbrio, conciliando crescimento econômico com responsabilidade ambiental, o que garante um desenvolvimento verdadeiramente sustentável”, disse o governador Jorginho Mello.

Para a presidente do IMA, Sheila Meirelles, a continuidade na redução do desmatamento é um aspecto muito positivo, relacionado à conscientização da população e ao investimento estratégico em tecnologias avançadas de monitoramento remoto, desenvolvidas pelos técnicos do Instituto para auxiliar na fiscalização.

Haddad diz que alternativa ao aumento do IOF pode ser antecipada

“A integração entre tecnologia, gestão e conscientização da sociedade tem sido fundamental para alcançarmos resultados concretos na proteção do meio ambiente. O uso de sistemas que alertam sobre o desmatamento ilegal e a produção de dados com referência espacial são importantes tanto para a fiscalização quanto para um licenciamento ambiental eficaz, fortalecendo a tomada de decisões”, enfatiza Sheila.

O IMA tem utilizado geotecnologias para modernizar os processos de licenciamento, auditoria e fiscalização, desenvolvendo internamente ferramentas digitais com o apoio do governo estadual para análise espacial e supervisão remota. Com o uso de imagens de satélite e sobrevoos com drones, é possível vistoriar áreas de difícil acesso, assegurando processos mais precisos e alinhados à realidade em campo.

Para reforçar a fiscalização contra o desmatamento ilegal, sistemas de monitoramento emitem alertas frequentes sobre mudanças na cobertura vegetal, viabilizando ações imediatas em áreas críticas da Mata Atlântica. “Essa política é coordenada pela Gerência de Informações Ambientais e Geoprocessamento, que opera uma sala de monitoramento em tempo real, integrando diversas variáveis ambientais para uma resposta rápida a emergências.” conta o diretor de Controle, Passivos e Qualidade Ambiental do IMA, Diego Hemkemeier Silva.

Em breve, o IMA lançará soluções como a infraestrutura de dados espaciais SiGEO, que reunirá todas as ferramentas e dados geoespaciais em um único ambiente.

 

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).