O politraumatismo é uma condição grave caracterizada por múltiplas lesões que afetam diferentes partes do corpo simultaneamente. Esses traumas podem comprometer órgãos vitais e sistemas essenciais, aumentando o risco de morte caso o atendimento médico não ocorra de forma imediata.
A condição ocorre quando uma pessoa sofre duas ou mais lesões graves em diferentes partes do corpo devido a impactos externos, como acidentes de trânsito, quedas de grandes alturas, agressões ou explosões. Essas lesões podem incluir fraturas ósseas, hemorragias, traumatismos cranianos, amputações e queimaduras severas.
Principais causas
Segundo a publicação médica Essentials of Physical Medicine and Rehabilitation, os principais fatores que levam ao politraumatismo incluem:
- Acidentes de trânsito: colisões entre veículos, atropelamentos e quedas de motociclistas estão entre as causas mais frequentes;
- Quedas de grandes alturas: comuns em obras, esportes radicais e acidentes domésticos;
- Explosões e queimaduras: podem causar múltiplos ferimentos em diferentes partes do corpo;
- Agressões físicas: espancamentos e golpes com objetos contundentes também podem resultar em politraumas.
Dados do Ministério da Saúde (OMS) indicam que, no Brasil, mais de 1 milhão de acidentes de trânsito ocorrem anualmente, resultando em cerca de 40 mil mortes e mais de 370 mil feridos.
Sintomas do politraumatismo
Os sinais variam conforme as áreas afetadas, mas podem incluir:
- Dor intensa nas regiões atingidas;
- Sangramentos ou hemorragias internas;
- Dificuldade para se concentrar ou perda de memória;
- Tontura, zumbido no ouvido ou desorientação;
- Dificuldade para se mover, formigamento ou perda de sensibilidade em membros.
Além disso, em casos mais graves, o paciente pode apresentar choque hipovolêmico (devido à perda excessiva de sangue) ou choque cardiogênico (por falhas no bombeamento do coração).
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O atendimento ao politraumatizado deve ser imediato e ocorre em duas fases:
- Atendimento primário: realizado ainda no local do acidente, quando o socorrista foca em estabilizar o paciente e tratar ferimentos que representam risco de morte;
- Atendimento secundário: ocorre em um hospital especializado, onde exames como tomografia, raio-X e ressonância magnética são feitos para avaliar a gravidade das lesões e definir o tratamento adequado.
O ideal é que o paciente seja encaminhado para um centro de trauma com equipe multidisciplinar. O prognóstico depende da gravidade das lesões, da rapidez do atendimento e dos recursos disponíveis para a recuperação.
O politraumatismo é uma condição séria e potencialmente fatal, sendo essencial o socorro imediato para reduzir os riscos de complicações e sequelas.
Medidas preventivas, como o uso de cinto de segurança, capacete e respeito às normas de trânsito, são fundamentais para evitar acidentes e minimizar os impactos desse tipo de trauma.