Ela é dinâmica, fala rápido, se expressa com gestos espontâneos e tem sempre um sorriso aberto. Assim é a aposentada jaraguaense Bernadete Perch, 56 anos, que há 12 deixou de atuar no comando de uma equipe de RH de uma grande empresa da cidade para se dedicar à família e à si própria. Casada com o projetista mecânico César Pinheiro Cruz e mãe da tecnóloga em TI Francieli, ela adora uma boa conversa e constantemente é chamada para dar conselhos aos familiares e amigos. “Tenho 12 irmãos e sempre fui líder. Sou muito família”, reconhece.
Síndica do prédio onde mora desde que se aposentou, no bairro Vila Nova, Bernadete sempre arranja o que fazer. “Sou mãezona do povo”, brinca. É ligada à Igreja Matriz São Sebastião e todas as quartas-feiras participa de grupo de oração. Em muitos momentos, desenvolve trabalhos voluntários.
Até o ano passado, participava ativamente de um clube de mães no Jaraguá Esquerdo, mas decidiu se afastar temporariamente para poder administrar melhor o tempo. Lá, além de cultivar amizades, aprendeu e se encantou com as técnicas de pintura em madeira e exercita a habilidade em móveis e utensílios, nas técnicas de pátina, craquelê e decupagem. “Não tenho atividade remunerada. Só faço por prazer, para dar de presente. Não quero o compromisso de fazer por encomenda”, enfatiza.
Fotografia e vídeos são alguns dos hobbies praticados por Bernadete
Como se não bastasse, Bernardete participa de dois grupos de amigas, que se reúnem mensalmente para cafés e jantares. Nos últimos dias, tem organizado o reencontro da “velha guarda” do grupo de 1983 que trabalhou na mesma indústria. O jantar, agendado para 7 de maio, reunirá 23 ex-colegas.
Antenada em tecnologias, mundo virtual e redes sociais, está sempre interagindo, pesquisando e conectada às notícias. “Leio muitos livros de autoajuda e romances”, declara ela, que confirma ser assinante e leitora assídua do OCP.
Edição de imagens e de fotos nas viagens que faz com o marido César, companheiro de todas as horas, também faz de bom grado. “Existe muita qualidade de vida depois da aposentadoria porque aí se faz o que se gosta. Não ter hora para dormir e para acordar, não tem preço”, afirma.