Inclusão: como a tecnologia pode ajudar pessoas com deficiência?

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Por: Maria Luiza Venturelli

18/05/2023 - 13:05 - Atualizada em: 23/05/2024 - 09:38

De acordo com o IBGE, atualmente existem cerca de 45 milhões de pessoas com deficiência (PcD) no Brasil, um número equivalente a mais de 23% da população. Uma solução para a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade são as ferramentas de tecnologia assistiva (TA).

Essas ferramentas são desenvolvidas desde o início da sociedade e usadas justamente para tentar devolver ou aproximar as habilidades funcionais dessas pessoas às das pessoas sem deficiência. Algumas alternativas tecnológicas foram criadas pensando na equidade de acesso dos PcDs às novas tecnologias. Conheça algumas:

Be My Eyes

Foto: Divulgação

O Be My Eyes é uma plataforma criada para que pessoas com deficiência visual e voluntários possam se conectar através de videoconferências. O aplicativo permite que pessoas “emprestem” seus olhos para deficientes visuais em conversas de áudio e vídeo no celular.

A ferramenta conecta voluntários videntes (pessoas que enxergam) com pessoas com deficiência visual que necessitam de auxílio para executar uma tarefa cotidiana, como saber a cor da camisa que estão comprando em uma loja, descobrir a marca ou a validade de um produto no supermercado, realizar uma compra online, entre outras atividades.

Quando um usuário solicita ajuda através do aplicativo, o Be My Eyes manda uma notificação para vários voluntários. O aplicativo funciona conectando um usuário cego ou com visão limitada com um voluntário que consegue ver, baseado na língua que eles falam e no fuso horário.

O primeiro voluntário a responder à solicitação é conectado ao outro e recebe uma transmissão de vídeo ao vivo da câmera traseira do smartphone do usuário. A conexão de áudio permite que o usuário e o voluntário resolvam a tarefa juntos.

O aplicativo é um grande exemplo de como as soluções para as dificuldades vividas por pessoas com deficiência muitas vezes são simples, basta que se tenha um olhar sensível o suficiente para ajudar. O app está disponível para Android e iPhone (iOS) e o cadastro na plataforma pode ser feito como voluntário ou como pessoa com necessidade especial.

Hand Talk

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A Hand Talk é uma empresa fundada em 2012 que realiza a tradução simultânea e digital para a Língua Brasileira de Sinais. Com o boneco 3D Hugo como intérprete, a empresa disponibiliza o serviço em duas plataformas.

A primeira delas é um tradutor para sites, que tem como principal objetivo trazer a acessibilidade digital para PcD’s com uma tradução simultânea de textos para Libras. Desse modo, torna-se possível a comunicação com a comunidade surda.

Para complementar, a empresa possui um aplicativo que também realiza traduções. Para complementar o serviço, o aplicativo disponibiliza uma sessão para ensinar a linguagem de Libras. O aplicativo é gratuito e com livre acesso para o público. E pode ser uma excelente opção de uso durante uma entrevista com um candidato surdo.

O aplicativo também disponibiliza uma sessão para ensinar a linguagem de Libras. O aplicativo é gratuito, com livre acesso para o público e pode ser uma excelente opção de uso durante uma entrevista com um candidato surdo.

O Hand Talk disponibiliza um serviço completo e inovador, agindo em prol da acessibilidade e promovendo a comunicação sem fronteiras entre surdos e ouvintes.

Bengala eletrônica

Foto: Univali

As bengalas eletrônicas tem o objetivo de auxiliar as pessoas com dificuldades motoras a se movimentar com mais facilidade e com mais segurança principalmente em ambientes como as grandes cidades, que possuem obstáculos e podem gerar um impasse na locomoção.

Existem vários tipos de bengalas eletrônicas, um exemplo é a que busca ajudar pessoas com deficiência visual. Ela possui dois sensores que avisam quando há um obstáculo a um metro de distância.

Essa ferramenta funciona através de um microcontrolador que processa os dados sonares e aciona os motores, de uma forma que aciona o usuário e facilita todo o processo de movimentação. Já outros modelos de bengalas eletrônicas são capazes de emitir alertas sonoros e de vibração em relação aos obstáculos em altura detectados através de um sensor ultrassônico.

Perna robótica

Foto: Freepik

As pernas robóticas já são muito comuns na atualidade e foram desenvolvidas para ajudar pessoas sem pernas ou que não conseguem movê-las a se locomoverem. Com a ajuda do equipamento, essas pessoas podem realizar as mais variadas tarefas do cotidiano.

Funciona como um mecanismo inteligente que dirige a força auxiliar do equipamento para o centro de gravidade da pessoa e controla essa força de forma totalmente sincronizada com os movimentos das pernas do usuário. Com as pernas robóticas é possível que a pessoa se agache e levante ou suba escadas de forma totalmente natural, sem a necessidade de um controle explícito sobre o equipamento.

Stand Table

Foto: Toikos Blog

Esse aparelho permite que uma pessoa com deficiência motora fique em pé e se locomova, saindo da cadeira de rodas. Essa posição auxilia no fortalecimento da musculatura, melhora a circulação sanguínea e previne a formação de escaras. Mantendo preservada as funções dos ossos e músculos. Costuma ser usado em casa, em clínicas de reabilitação, fisioterapias e hospitais.

Orcam MyEye

Foto: Divulgação

Esse dispositivo com inteligência artificial pesa apenas 22 gramas, é do tamanho de um dedo e se conecta a todo tipo de armação de óculos. O aparelho é fabricado desde 2015 por uma empresa de Israel. Possui o tamanho de um pendrive e apenas 22 gramas de peso, podendo ser acoplado a todo tipo de armação de óculos.

O Orcam MyEye é capaz de transformar textos de livros ou de qualquer superfície, como um cardápio, em voz alta e sem necessitar de conexão à internet.

Basta apontar o dedo onde quer que se faça a leitura. O sensor óptico captura a imagem e através da inteligência artificial converte as informações instantaneamente em áudio por meio de um pequeno alto-falante localizado acima do ouvido.

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Maria Luiza Venturelli

Jornalista formada pela Faculdade IELUSC, especializada em conteúdo publicitário, cultura e entretenimento. Apaixonada por contar histórias que conectam pessoas e marcas de forma autêntica.