Familiares de criança com suspeita de meningite estão recebendo medicação profilática em Jaraguá do Sul

Prevenção passa pela vacinação das crianças. | Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Guilherme Mélo

02/05/2019 - 05:05

A Secretaria Municipal de Saúde recebeu através da Agência Regional de Saúde, na última terça-feira (30), notificação de suspeita de meningite.

O caso ocorreu no Hospital e Maternidade Jaraguá, em uma criança de nove meses, que acabou morrendo. A família está recebendo medicação.

De acordo com Fabiane da Silva, gerente de Vigilância Epidemiológica de Jaraguá do Sul, a suspeita foi investigada e aguarda resultado dos exames para confirmação.

“Independente da confirmação ou não do caso, as medidas já foram tomadas, que é dar uma medicação profilática para os familiares, babá e as pessoas que no dia anterior ao adoecimento tiveram contato mais próximo com a criança”, explica Fabiane.

Por ser uma doença grave, de evolução rápida, a meningite depende de diagnóstico precoce e início imediato do tratamento.

Segundo dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado de Santa Catarina (Dive-SC), Jaraguá do Sul teve dois casos de meningite confirmados em 2018, com nenhum óbito. Este seria o primeiro registro na cidade em 2019.

Em casos onde a doença é diagnosticada, após a avaliação médica e análise preliminar de amostras clínicas, o paciente permanece internado e recebe tratamento de acordo com o agente causador da doença.

Ao ser detectado um caso da meningite meningocócica, a Vigilância Epidemiológica realiza a quimioprofilaxia, administração de medicamentos capazes de prevenir a infecção.

Ambientes arejados e vacinação em dia

Os principais sintomas da meningite são febre alta que começa abruptamente, dor de cabeça intensa e contínua, vômito, náuseas, rigidez de nuca e manchas vermelhas ou arroxeadas na pele.

Em crianças menores de um ano de idade, esses sintomas podem não ser tão evidentes e os pais ou responsáveis devem atentar para a presença de moleira tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo e persistente e rigidez corporal com ou sem convulsões.

Para prevenir a doença, deve-se manter os ambientes bem ventilados, salas de aula, quartos, locais de trabalho e transporte coletivo, além de conservar a higiene de pratos, talheres, mamadeiras e chupetas.

Fabiane da Silva alerta que a região é muito úmida, situação agravada com a aproximação do inverno. “A recomendação é manter os ambientes bem arejados, deixar o sol entrar na medida do possível”, orienta.

É de extrema importância manter a carteira de vacinação das crianças em dia, segundo a gerente. As vacinas Pentavalente, Pneumocócica 10 valente conjugada, Meningocócica C conjugada e a vacina BCG previnem a doença.

“Os pais manterem o calendário de vacinação em dia é fundamental para a saúde das crianças”, destaca.

 

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