Escolas, bancos, empresas e boa parte do comércio seguem com as portas fechadas, e poucas pessoas circulam pelas ruas. Os tempos ficaram mais difíceis com a pandemia do novo o coronavírus (COVID-19), e hoje a prevenção e o resguardo são as palavras que movem o mundo. O clima é de incertezas, mas com esperança de dias melhores.
Mas se de um lado parte dos brasileiros é orientada a ficar em casa, do outro, profissionais das mais diversas áreas se empenham para proteger a população. Policiais, bombeiros, médicos, enfermeiros, jornalistas, coletores de lixo e técnicos de manutenções são alguns dos trabalhadores que se mantém nas ruas garantindo que as orientações sejam dadas corretamente e os serviços básicos não parem.
Apesar de estarem se expondo aos riscos, eles continuam agindo pelo bem maior, mostrando que o amor pelo próximo e pela profissão passa por cima de qualquer medo de adoecer e que os serviços essenciais não pode parar.
Em prol da saúde e bem-estar
Desde que o coronavírus começou a alarmar Jaraguá do Sul, os trabalhos não pararam para o farmacêutico Elpidio Maia da Fonseca Junior, 36 anos, da Unisulfarma. Apesar dos riscos por ter que atender as pessoas de forma mais próxima, para ele, a sensação é de dever junto à população, sobretudo pessoas que não têm acesso a informações corretas de como se comportar nesse momento.
“Reforçamos as orientações de prevenção de contaminação, e a importância de ficar em casa para diminuir o avanço da propagação do vírus. Essa atuação gera satisfação no cuidado com o bem-estar do próximo e da sociedade como um todo”, conclui.
Nos hospitais, médicos e enfermeiros são os profissionais que estão mais próximos do vírus e também correm riscos, afinal precisam acolher e cuidar dos pacientes que chegam no local, muitos deles com os sintomas do COVID-19.
O infectologista Dr. Willy Mamoru Hiraga, também diretor técnico do Hospital São José, une força com todos os médicos da região na luta contra o vírus, e explica que em um momento como este é importante passar segurança e orientar as pessoas. “Mesmo com essa pandemia, tentamos desenvolver nosso trabalho com tranquilidade e qualidade, mantendo o melhor atendimento às pessoas”, afirma.
Presença nas ruas pela coletividade
Monalisa Maurissens, de 36 anos, é policial militar e atua na operação no combate à disseminação do coronavírus na cidade. “Me sinto feliz em poder ajudar nesse momento, pois queremos o bem de todos, dos familiares de todos e também dos nossos”, comenta.
Nos últimos dias, junto dos colegas de trabalho, ela tem tido que encarar de perto o perigo de contágio do vírus. A PM atua na orientação da população e na fiscalização das determinações impostas pelos decretos estadual e municipal de situação de emergência. O objetivo é que todos passem por essa fase com os menores danos possíveis.
“Peço que as pessoas sejam compreensivas com nossos pedidos ou determinações. Estamos do lado da população, e nos colocamos em risco em prol da coletividade”, acrescenta.
Outro serviço essencial e que não pode parar é o de emergência e resgate, com atuação dos Bombeiros Voluntários. Ademar Felippe Wischral, 30, está atento ao vírus, mas entende a importância do trabalho que faz. “Me sinto honrado em poder ajudar o próximo. Cada dia que passa tenho a certeza da minha escolha em ser bombeiro, e tenho fé de que essa turbulência vai passar”, diz.
Ele também faz apelo à população, para que todos colaborem: quem foi dispensado do trabalho deve permanecer em casa, e quem não foi deve tomar todos os cuidados necessários, seguindo orientações do Ministério da Saúde e Secretaria da Saúde. “É pelo bem de todos!”, finaliza Wischral.
O abastecimento não pode parar
“Aqui na Estação de Tratamento de Água produzimos um dos alimentos mais essencial para sobrevivência do ser humano, a água. Todos nós precisamos dela, por isso não podemos parar”, afirma Erick Gustavo Correa da Costa de 38 anos, é químico industrial e Coordenador de Tratamento de Água do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto).
Ele explica que, apesar de existir a preocupação com relação ao vírus, há a responsabilidade social de garantir água tratada para a população. “Estamos preocupados também, pois temos nossos familiares em casa esperando, por isso tomamos todos os cuidados recomendados pela OMS para garantir a integridade de cada um da nossa equipe”, diz.
Além dos cuidados com higiene, a Estação de Tratamento de Água Central é automatizada, com tecnologia que permite realizar a operação e monitoramento via smartphone, dando a flexibilidade de diminuir o número de servidores no setor. “Apesar de muitas vezes anônimos perante a sociedade, sempre estivemos aqui, 24 horas por dia, fazendo nosso trabalho com amor, responsabilidade e qualidade”.
Ajude a manter a saúde dos profissionais
A comunidade também pode fazer a sua parte sempre que precisar entrar em contato com esses profissionais. A orientação do farmacêutico Elpidio Maia da Fonseca Junior é que as pessoas continuem fazendo higiene de mãos constantemente, evitem o contato físico com os profissionais da saúde, segurança ou resgate, cubram a boca com o antebraço quando tossir ou espirrar e usem máscaras quando suspeita ou confirmação de contaminação.
O bombeiro voluntário Ademar Wischral acrescenta que entre os cuidados também deve estar a desinfecção de áreas que frequenta, evitar aglomerações em locais públicos, não compartilhar objetos pessoais, manter os ambientes ventilados e manter-se hidratado.
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