O índice de reciclagem em Jaraguá do Sul voltou a subir. Com a retomada da distribuição dos sacos verdes, o município atingiu os 18% de reaproveitamento de lixo no mês passado, o que equivale a cerca de 460 toneladas de resíduos reciclados.
Em anos anteriores, a população da cidade chegou a reciclar quase 25% dos resíduos produzidos.
A distribuição voltou a ser realizada em maio deste ano. Antes disso, apenas 8% do lixo estava sendo reciclado. Ainda no mês de maio, a paralisação dos caminhoneiros teria prejudicado o serviço, resultando em apenas 210 toneladas de resíduos reaproveitados.
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Segundo Zitta Junior, atualmente, todos os bairros da cidade são contemplados.
O Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) é o atual responsável pela gestão do lixo no município. De acordo com o presidente da autarquia, Ademir Izidoro, a meta é alcançar os 30% de resíduos reciclados nos próximos meses.
Para este ano, o investimento foi de aproximadamente R$ 800 mil para compra do material.
A entrega dos sacos é mensal. Cada residência recebe quatro sacolas. A coleta do lixo é feita de uma a duas vezes por semana. Moradores de prédios e condomínios devem fazer a retirada do material no Samae, Fujama ou na Ambiental, empresa responsável pela coleta em Jaraguá do Sul.
Uso inapropriado é problema
O presidente do Samae, Ademir Izidoro, avalia como positivo o resultado diante dos poucos meses de reativação do programa. No entanto, algumas situações ainda impedem um avanço ainda mais da reciclagem.
A questão que mais preocupa envolve os recicladores clandestinos. Conforme Izidoro, eles estão recolhendo as sacolas antes do caminhão da coleta seletiva.
“Como a equipe da Ambiental não encontra o material separado, acaba supondo que a família não está reciclando e não entrega uma nova quantidade dos sacos”, explica.
Uma resolução de lei para regularizar os catadores será levada à Câmara de Vereadores. Segundo o presidente da Fujama, Normando Zitta Junior, existem 30 depósitos irregulares de lixo na cidade e somente seis dentro das conformidades.

Foto Divulgação
O setor de Posturas, a Vigilância Sanitária e a Fujama estão agindo na fiscalização destes estabelecimentos.
“É uma questão de saúde pública e que prejudica o meio ambiente”, enfatiza Zitta Junior. Ele destaca que todo ano, a Fujama abre um edital para criar novas cooperativas. “Esses recicladores também podem se cadastrar nas que já existem”, completa.
O Samae também identificou que muitas pessoas estão usando inapropriadamente os sacos verdes e por exemplo, colocando resíduos orgânicos neles, cobrindo materiais de construção e plantas.

Foto Divulgação
Izidoro salienta que uma equipe técnica está levantando uma lista de ajustes e alterações que precisam ser feitas no projeto. Quem não está recebendo os sacos verdes deve entrar em contato com o Samae.
O que são os sacos verdes?
O saco verde foi uma medida criada com o objetivo de incentivar a reciclagem na cidade e assim, gerar benefícios ambientais e sociais.
Adotado entre os anos de 2013 e 2016, o programa tornou Jaraguá do Sul a cidade com a maior taxa de reciclagem do Estado. Em 2013, o índice de reciclagem ficava em torno de 3%. Já em dezembro de 2015, a população deu a destinação correta a 23,7% do lixo produzido.
Durante este período, o Recicla Jaraguá evitou que mais de 10.650 toneladas de materiais recicláveis fossem para o aterro sanitário. A distribuição das sacolas foi suspensa por problemas de fornecimento e recursos financeiros.
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