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Clube Feliz Idade é opção de lazer para idosos há 25 anos em Guaramirim

Por: OCP News Jaraguá do Sul

29/09/2017 - 06:09

Engana-se quem pensa que depois dos filhos crescidos, da chegada dos netos e da aposentadoria, as opções de entretenimento ficam reduzidas à poltrona, passar o tempo em frente à TV, ou sentado na praça recordando o passado. Para os cerca de 280 frequentadores do Clube Feliz Idade, em Guaramirim, a vida acontece hoje e esse é o melhor momento para aproveitar o tempo livre, fazendo novas amizades, jogando um carteado, dançando e usufruindo de um delicioso café, nas quartas-feiras à tarde. Um momento que favorece a qualidade de vida e o bom humor.

Delicioso café também é servido no Clube | Foto Eduardo Montecino/OCP

A instituição, ligada à igreja Senhor Bom Jesus, comemorou 25 anos de história e é motivo de entusiasmo para seus participantes. O grupo de terceira idade, que funciona em espaço cedido pela Prefeitura na rua 28 de Agosto, ao lado da Secretaria Municipal de Educação, é uma unanimidade entre os participantes, desde os mais longevos até veteranos com menos tempo de estrada.

É o caso de Ludovico Martini, que completou 96 anos em 17 de junho e não abre mão de jogar canastra desde a fundação do clube. Com fisionomia serena, ele se expressa com segurança e conta que trabalha até hoje, dando suporte no mercadinho do filho, no bairro Amizade. “Como e durmo bem. Hoje estou aqui jogando um baralhinho”, diz, enquanto manuseia as lâminas da canastra. A receita para ter uma vida longa? “Ter paciência, não se apressar muito, mas se mantendo em atividade”, garante ele, que mora no bairro Amizade.

A esposa de Ludovico, Erondina Martini, 85, confirma que há 25 anos participam ativamente do grupo. Uma atividade de casal.“Nesse domingo, comemoramos 68 anos de casados”, enfatiza ela.

Participante ao lado do marido, Erondina dedica um dia da semana para encontrar os amigos desde a fundação do Clube | Foto Eduardo Montecino/OCP

Outra que acompanha os passos do Clube Feliz Idade desde o princípio é a viúva Ernelinda Krehnke, 86 anos, que se movimenta com andador, vive no bairro Beira-Rio e foi acompanhada das filhas Íria e Lídia. Falante e bem humorada, ela enfatiza que quando o clube iniciou, ajudava no café que era servido. Ela demonstrava bom humor enquanto assistia os casais rodopiando animadamente no salão de baile. “Sempre venho aqui conversar, ver as pessoas e me divertir. Bem melhor do que ficar em casa, assistindo TV”, diz, sorrindo.

Ernelinda Krehnke, 86 anos, enfatiza que quando o clube iniciou, ajudava no café que era servido | Foto Eduardo Montecino

A presidente do Clube Feliz Idade, Flávia Gorges Pires, 59 anos, lembra que a instituição começou no salão paroquial da igreja Senhor Bom Jesus. Conta que após se aposentar e ter um enfarte, atuar como voluntária fez sua vida mudar para melhor. “Passei a ser mais paciente com os idosos, é terapêutico. A gente dança, se ocupa. Me dá uma sensação de alegria”, resume ela. O Feliz Idade dispõe de 22 voluntárias e 35 madrinhas, que subsidiam com presentes em datas comemorativas.

NOVOS LAÇOS EM QUALQUER IDADE 

A aposentada e também viúva Luana Klein Pruesse completará 90 anos no dia 23. “É muito bom aqui, porque a gente se diverte e ajuda até para a memória. No começo até dançava, mas hoje jogo canastra. Às vezes se ganha e às vezes se perde, mas é assim mesmo”, assinala, com um leve sorriso.

Já Hortência Devegini, 82 anos, do Beira-Rio, é viúva há nove anos. “Comecei a vir aqui quando tinha 60 anos, contra a vontade do marido, que mais tarde passou a frequentar também”, conta. Com 16 filhos, 17 netos e sete bisnetos, ela ainda arranja tempo para fazer ginástica nas quartas pela manhã. “Aqui se conversa com todo mundo, se vê gente diferente”, conta.

Luzia Beatriz Pellense, 65 anos, e Ambrósio Nass, 73, estavam entre os dançarinos mais animados no encontro de quarta-feira (6). Com sorrisos de orelha a orelha, demonstram perfeito entrosamento. “Nos conhecemos numa festa da terceira idade, há dois anos e meio”, relata Luzia. O marido Ambrosio conhecia o Feliz Idade há quatro anos. “Sempre acreditei que encontraria uma segunda esposa”, declara. “Amo esse grupo. Eles são acolhedores, têm carisma, sabem receber muito bem a gente”, resume Luzia.

Luzia Beatriz Pellense, 65 anos, e Ambrósio Nass, 73, estavam entre os dançarinos mais animados | Foto Eduardo Montecino/OCP

*Reportagem Sônia Pilon 

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Publicação da Rede OCP de Comunicação