A construção característica alemã e visivelmente carregada de história ganhou um motivo a mais para chamar a atenção. Tombada em 2002 pela Fundação Catarinense de Cultura, a Casa Rux fica no Rio da Luz, bairro integralmente tombado, em 2007, pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
E como história é a palavra-chave da construção, erguida em 1915, nada mais justo do que transformá-la em um museu. E foi justamente o que aconteceu.
Inaugurado no último sábado (1º), o museu vem acompanhado de uma loja que tem como objetivo promover o trabalho de produtores jaraguaenses e da região, garante Evandro Rux, produtor rural, agora empreendedor, e tataraneto do construtor Augusto Rux, que ergueu com as próprias mãos a moradia familiar que hoje pode receber visitantes de todos os cantos.Evandro conta que a ideia surgiu justamente por conta do tombamento, que motivou inúmeras reuniões entre os moradores do bairro na busca de alternativas que pudessem valorizar o Rio da Luz ao mesmo tempo que promovesse viabilidade financeira aos moradores e produtores da região.
“As conversas sempre puxavam para o lado do turismo e deu um estalo na gente para abrir o museu pensando em potencializar o turismo e a abertura da loja também é uma espécie de dar os primeiros passos”, explica.
Para Rux, é importante que além dos produtores, o poder público possa buscar maneiras de incentivar e viabilizar a organização de roteiros turísticos capazes de chamar a atenção dos visitantes para o Rio da Luz.
“A partir daí traçar planos de como o local pode ser explorado para o turismo”, avalia.
Objetos históricos e produtos da colônia
Tomando a iniciativa, a família Rux já abriu as portas da construção centenária aos turistas e o que não falta é motivos para conhecer a residência erguida pelas mãos do imigrante alemão Augusto Rux.
Além de expor as peças utilizadas na própria construção, o museu possibilita aos visitantes conhecer os pertences da família, móveis, ferramentas rurais – algumas delas utilizadas até hoje –, entre outros. Para Evandro Rux, é fundamental que os espaços possam preservar e disseminar a história do bairro, tão importante para a construção da cidade.
E como o objetivo é impulsionar o turismo e fortalecer a produção local, a lojinha que divide espaço com o museu busca justamente fomentar o interesse do turista pelo que é produzido na região , destaca o empreendedor.
“São produtos de Jaraguá do Sul e alguns produtos de cidades vizinhas e, claro, do próprio Rio da Luz. A ideia é essa: promover a produção local”, salienta.
Artesanato, linguiças, torresmos, queijos, melados, geleias, chocolates e muito mais estão à disposição dos visitantes que no sábado mesmo já visitaram o espaço recém-inaugurado.
“Apesar do final de semana de chuva, o pessoal visitou. Eu acredito que vai melhorar ainda, mas ficou dentro do esperado”, conta.
A residência foi restaurada e revitalizada há dois anos e foi a partir daí que surgiu a primeira ideia: a implantação de uma choperia. Os planos foram amadurecendo até que a família chegou ao projeto atual que contempla o espaço do museu e também destinado à venda de produtos da colônia.
Serviço
O quê: Museu Casa Rux
Onde: Rua Erwin Rux, n° 663, no bairro Rio da Luz
Horário: Terças a sábados, das 8h às 11h30, e das 13h30 às 18h
Quanto: Ingresso a R$ 5 (pode ser utilizado em produtos à venda no local)
Acolhida na Colônia pretende desenvolver turismo no bairro
Em agosto, produtores rurais e agricultores familiares participaram de uma palestra para conhecer detalhadamente o projeto Acolhida na Colônia, que já fomenta o agroturismo ecológico em inúmeras cidades de Santa Catarina.
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Na oportunidade, a agrônoma Lucilene Assing, que atua na disseminação do projeto, mostrou como o Acolhida na Colônia, projeto criado na França em 1989 e adotado no Brasil em 1999, promove o agroturismo ecológico com base na produção de orgânicos e produtos ecossustentáveis ao mesmo tempo que promove uma troca de experiências entre produtores e turistas, valorizando assim, o modo de vida do campo.
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