Iniciada no dia 5 de outubro, a Campanha de Poliomielite e Multivacinação, que termina na próxima sexta-feira (30), tem apresentado baixa adesão em Jaraguá do Sul.
Mesmo após o “Dia D”, realizado no dia 17, apenas 42% do público-alvo para a poliomielite recebeu a dose necessária.
“É muito pouco, quando temos que atingir no mínimo 95% das crianças de até 5 anos”, afirma a enfermeira supervisora de imunização, Anna Cristina Kneipp.
Ela explica que neste ano a ação contra a poliomielite está diferente e que mesmo crianças que já haviam sido imunizadas, precisam tomar a dose da campanha.
Já a campanha multivacinação, que ocorre em paralelo, estimula que todas as crianças e adolescentes de até 15 anos devem ser levados a uma unidade de saúde.
Campanha de Multivacinação
Destinada às crianças e adolescentes de zero a 15 anos, a Campanha de Multivacinação tem como objetivo avaliar se todas as vacinas de prevenção estão em dia e aquelas que não estiverem, serão aplicadas.
Anna Kneipp explica que algumas pessoas receberam apenas a primeira dose de determinada vacina e agora, portanto, precisam tomar a segunda.
“O calendário de imunização está sempre sendo alterado e, às vezes, entra uma vacina na metade do ano, por exemplo, que você tem a marcação para voltar daqui a quatro anos, mas já pode tomar”, explica a enfermeira.
Além disso, a atualização das vacinas é necessária para a realização das matrículas escolares e conforme a supervisora, muitos adolescentes precisam colocar em dia vacinas contra HPV, meningite, tétano, entre outras.
Ela acrescenta que Jaraguá do Sul tem em média 30 mil crianças e adolescentes matriculados nas escolas da cidade e todos precisam ir até uma unidade de saúde para fazer a avaliação.
Nem todos estão com vacinas em atraso, mas mesmo assim, devem realizar a avaliação.
Faltando uma semana para o fim da campanha, apenas oito mil avaliações de crianças e adolescentes foram realizadas até o momento.
Campanha de Poliomielite
O Brasil não registra casos de poliomielite desde 1989 e para evitar que a doença apareça novamente as crianças de zero a cinco anos recebam a imunização, que neste ano, deve ser tomada por todas as crianças desta faixa etária, mesmo que já tenham tomado as gotinhas anteriormente.
“A gente só vai conseguir manter uma cobertura adequada e uma não reintrodução, se todo mundo mantiver a cobertura alta, caso contrário, ficamos bem vulneráveis a volta da paralisia infantil”, explica Anna Kneipp.
Ela acrescenta ainda, que muitos pais e mães de hoje não vivenciaram as chamadas “doenças da infância”, como catapora e sarampo, por exemplo, o que causa uma falsa sensação de que elas não existem mais.
“Porém, se deixar de vacinar as crianças, essas doenças irão surgir novamente”, alerta.
O que você deve fazer?
Se você é pai ou mãe de uma criança, ou adolescente de até 15 anos, ou tem familiares nesta faixa etária, deve levá-lo até a unidade de saúde correspondente ao bairro onde mora para que a avaliação e atualização da caderneta de vacinação seja feita.
A Secretaria de Saúde orienta que apenas um adulto acompanhe a criança ou adolescente para evitar o contágio do coronavírus.
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