A defesa de Luciano Bonilha Leão foi feita pelos advogados Jean de Menezes Severo, Gustavo da Costa Nagelstein e Antônio Prestes do Nascimento, que pediram a absolvição do acusado.
“Luciano é o boi de piranha, e o Ministério Público, a Prefeitura de Santa Maria e os Bombeiros são os lobos”, afirmou Nagelstein.
“Um roadie trabalhador, saiu de casa para ganhar a vida”, ressaltou Severo.
“Aqui tem 4 lambaris, os dourados estão todos rindo da nossa cara”, comparou Nascimento.
Em provocação, eles colaram cartazes em uma cadeira junto à bancada deles, simbolizando o banco dos réus, com as palavras “Prefeitura”, “Bombeiros”, “alvará”, “MPRS”.
“Vocês acham que esses quatro são loucos, que iam colocar fogo no lugar e ficar lá dentro?”, questionou Severo.
O advogado sustentou que o que levou Luciano ao júri foi o “depoimentozinho” de um “fogueteiro” da Kaboom (referindo-se ao funcionário da loja onde o produtor musical comprou o artefato pirotécnico). Provocativo, Severo citou o livro recém lançado pelo Promotor de Justiça David Medina da Silva (que atua na acusação), que trata de Direito Penal, onde aborda o conceito de dolo, rasgou uma página e jogou a publicação no chão.
“MP passou vergonha. Querem condenar”.
Severo afirmou que o gaiteiro Danilo era quem tomava as decisões na Gurizada Fandangueira e que Luciano só cumpria ordens.
“Luciano só está aqui porque o gaiteiro morreu. Porque senão, seria ele que estaria sentado aqui nesse banco”, afirmou Nascimento.
Por fim, o advogado Antônio Prestes do Nascimento leu o Salmo 93 .
“Justiça é dar a cada um o que é certo”, afirmou o defensor.
“Santa Maria, o povo está cansado de tanto sofrer essa dor e essa amargura. Santa Maria precisa de uma catarse, que significa purificação e limpeza”, disse Nascimento.
“Os principais culpados que não estão aqui, um dia, sucumbirão”.
Os membros da bancada encerraram sua explanação abraços a Luciano Bonilha Leão.
*Com informações do TJRS.