O dia D verdade – A opinião de Nelson Pereira

Por: Nelson Luiz Pereira

01/10/2022 - 05:10 - Atualizada em: 30/09/2022 - 16:31

Os tempos são de entorpecida polarização ideológica. Os extremos “ismos” nunca estiveram tão evidentes nas narrativas bilaterais. Estamos há 1 ou 31 dias de uma definição histórica em que os “ismos” testarão a solidez da nossa República. O protagonismo reside em duas grandes seitas: o bolsonarismo e no lulismo. As campanhas e debates têm escancarado esse fisiologismo. Agora caberá às urnas o papel do exorcismo. No entanto, ainda perdurará por 1 ou 31 dias, o enfadonho ‘mimimismo.’

Em meio a esse surrealismo, considero que cada voto confirmado, estará impregnado de um simbolismo. Significa dizer que entre o visionarismo e o maquiavelismo, haverá uma diversidade de votos personificados no antagonismo, podendo ser: os votos do capitalismo, opondo-se aos do socialismo; os do liberalismo aos do absolutismo; os do pluralismo aos do bilateralismo; os do racionalismo aos do fanatismo; os do evolucionismo aos do criacionismo; os do cientificismo aos do charlatanismo; os do feminismo aos do machismo; os do igualitarismo aos do racismo, os do humanismo aos do fascismo; os do progressismo aos do ultraconservadorismo; os do patriotismo aos do ultranacionalismo; os do vanguardismo aos do obscurantismo; os do construtivismo aos do anarquismo; os do ecletismo aos do dogmatismo.

Entretanto, além desses multi “ismos” estampados nos votos, cada eleitor exercerá esse cívico direito imbuído das motivações e razões mais diversas. Há os que votarão no partido; os que votarão na pessoa; os que votarão nas pesquisas; os que votarão nas ruas; os que votarão no discurso; os que votarão no projeto; os que votarão na promessa; os que votarão no melhor; os que votarão no menos pior; os que venderão o voto, os que serão coagidos a votar, os que votarão com critério e os sem critério; há, ainda, os que não votarão, e os que votarão em branco ou nulo por falta de opção ou protesto. De qualquer forma, seja qual for a motivação e simbolismo do voto, ele estará garantido pela democracia regida no constitucionalismo. Então, que amanhã seja um dia D verdade e pacifismo

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Nelson Luiz Pereira

Administrador, escritor, membro do Conselho Editorial do OCP e colunista de opinião e história.