Geração cabeça baixa III: dicas para o uso equilibrado de aparelhos eletrônicos

Por: Lucas Vianna Figuêiredo

26/11/2019 - 08:11 - Atualizada em: 26/11/2019 - 08:38

Sabemos que inevitavelmente algumas profissões dependem diariamente do uso de dispositivos eletrônicos para o trabalho. Por isso, algumas pessoas têm um tempo de tela por dia que é superior a 8 horas.

No mundo ideal dos oftalmologistas isso não seria permitido, mas é preciso compreender estas situações e tentar ajudar o paciente em casos onde o uso é de certa maneira “obrigatório”.

As orientações a seguir foram retiradas de publicações recentes da Academia Americana de Oftalmologia e, a meu ver, são importantes quanto ao uso de óculos em determinados casos.

1- Mantenha distância: tente manter o monitor ou tela de celular a pelo menos 60 cm.

2- Diminua o brilho: evite os extremos e use um brilho de tela intermediário.

3- Dê um descanso aos olhos: lembre-se de piscar, utilize bons lubrificantes constantemente no trabalho e tente a cada 20 minutos olhar para um objeto a pelo menos 6 metros de distância por 30 segundos.

4- Ajuste o ambiente: mantenha sempre uma iluminação adequada compatível com a intensidade da luz do aparelho eletrônico em uso.

5- Ajuste a postura: aparelho na altura dos olhos e com distância adequada para o tamanho da tela.

Atitudes como estas têm ótimo resultado e a longo prazo na redução do cansaço visual, mas nós médicos devemos sempre encorajar a redução máxima possível de uso.

Estas dicas devem ser utilizadas em casos onde o paciente necessita usar o aparelho com finalidade de estudo ou trabalho.

O uso de celulares tem sido usado em todo o mundo para chamar a atenção das crianças. Vejo em viagens ou no consultório algumas crianças de colo manuseando estes aparelhos.

Isto é gravíssimo e terá consequências. A sociedade brasileira de pediatria, recomenda que crianças a partir de 6 anos e adolescentes devem usar no máximo duas horas de tela por dia. A recomendação é que as crianças mais jovens que isto, não usem telas.

O bom senso deve prevalecer, mesmo com a insatisfação dos pequenos.

O estudo por parte dos pais e educadores sobre o uso equilibrado de computadores e celulares deve ser aprofundado, constantemente e abertamente, na sociedade. Tudo em excesso faz muito mal.

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