Antídio Lunelli, deputado estadual
Dados divulgados na última edição do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelam a pujança econômica de Santa Catarina e confirmam, mais uma vez, o status diferenciado do nosso estado.
O Caged mostrou que, em abril deste ano, foram gerados cerca de 13.457 mil novos postos de trabalho, 90% a mais que no mesmo período do ano passado, sendo o maior número já registrado para o mês durante toda a série histórica. No acumulado de 2024, considerando os quatro primeiros meses, os dados também impressionam: foram criados 79.869 empregos com carteira assinada.
Em destaque, estão os setores de Serviços, Indústria e Comércio. As cidades de Joinville, Itajaí e Chapecó estão no ranking geral de cidades que mais geraram novas oportunidades, fazendo com que Santa Catarina represente o quarto maior saldo do país, atrás de estados mais populosos como São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Em termos gerais, significa que a cada 25 vagas abertas no setor no Brasil, 4 foram em Santa Catarina.
É motivo de orgulho para todos que moram, empreendem e trabalham em Santa Catarina. Como sempre costumo dizer, um estado de gente ordeira, trabalhadora e que não mede esforços para crescer e prosperar.
E é exatamente por isso que, como representantes públicos, precisamos lutar para que seja um estado que continue a gerar oportunidades em todas as regiões. Não existe receita pronta e nem milagre. O caminho para a diminuição das desigualdades é justamente a abertura de espaços e geração de empregos de qualidade. A educação é a aliada perfeita dessa construção.
São necessários esforços para avançar, mas também para não retroceder. Na contramão desta premissa, recentemente, o Governo Federal, por exemplo, vinha defendendo a reoneração da folha de pagamento que, se efetivada, resultaria em aumento da carga tributária de 17 setores, responsáveis por empregar mais de 9 milhões de pessoas com carteira assinada no país. Ou seja, na prática, as empresas que há dez anos pagam de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, teriam que pagar 20% de contribuição previdenciária incidente sobre a folha de salários.
Na última atualização que tivemos, o governo voltou atrás e aceitou conceder o benefício da desoneração de forma temporária, em troca de um pacote de medidas compensatórias. Trata-se de um avanço obtido sob forte pressão. E essa vigilância precisa continuar. Mais do que uma oportunidade de pagar contas, um alto índice de empregabilidade como este que temos apresentado ao longo dos anos, representa o impacto no bem-estar e felicidade das pessoas que, aliás, é o objetivo principal do trabalho dos governos e parlamentos.
Não existe política ou projeto social, programa de auxílio financeiro ou qualquer outra iniciativa neste sentido que seja mais eficiente que uma economia forte, pujante, que se consolida a todo vapor. A administração pública precisa fazer a sua parte. Tanto no que diz respeito ao fomento de um ambiente favorável para os negócios, quanto aos investimentos necessários em infraestrutura, saúde, e educação. No final das contas, a receita seguirá sendo a de muito trabalho, e uma busca incansável por excelência.