Na sexta-feira, 26 de julho, às 14h30 (horário de Brasília), ocorreu a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024, em um desfile no Rio Sena. A atenção das redes sociais rapidamente se voltou para os uniformes da delegação brasileira.
Os atletas brasileiros desfilaram com roupas que destacam detalhes bordados à mão por artesãs do semiárido do Rio Grande do Norte, com imagens de araras, tucanos e onças em jaquetas jeans. Apesar dessa intenção de enaltecer o artesanato nacional, os uniformes se tornaram alvo de controvérsia.
Críticas nas Redes Sociais
Desde a apresentação das peças pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), houve muitas críticas nas redes sociais. Usuários consideraram o design simples demais, especialmente quando comparado aos uniformes de outras nações. As críticas destacavam a falta de originalidade e a ausência de elementos que realmente representassem a vibrante cultura brasileira.
O presidente do COB, Paulo Wanderley, tentou minimizar as críticas, afirmando que as Olimpíadas não são uma “Fashion Week” e que os atletas estavam satisfeitos com os uniformes.
Uso da Inteligência Artificial
Um aspecto interessante dessa polêmica foi o uso da inteligência artificial por fãs e designers para criar versões alternativas dos uniformes. Utilizando ferramentas de IA, muitos usuários geraram designs que, segundo eles, capturavam melhor a essência da cultura brasileira. Esses designs alternativos ganharam popularidade nas redes sociais, com muitas propostas incorporando padrões inspirados na fauna e flora brasileiras e elementos de arte e artesanato locais.
Resposta às Críticas
A Riachuelo, empresa responsável pelo desenvolvimento das peças, destacou o processo colaborativo que envolveu mais de 500 famílias na criação. Cathyelle Schroeder, chefe de marketing da Riachuelo, lamentou as críticas em um momento que deveria ser de união e apoio ao esporte, destacando o esforço e o amor investidos no trabalho pelas famílias das bordadeiras e por todos os envolvidos no projeto.
Pessoalmente, acredito que o destaque dado ao artesanato brasileiro foi uma escolha acertada, mas a execução deixou a desejar. O Brasil tem uma riqueza cultural e artesanal incomparável, e ver essa herança representada em um evento de grande visibilidade seria uma oportunidade de ouro para promover o nosso artesanato. Imaginar nossos atletas vestindo peças que refletem a diversidade e a criatividade do nosso povo seria um verdadeiro orgulho nacional e um passo importante para a valorização do nosso artesanato no cenário internacional.
Fica a esperança de que futuras coleções possam trazer mais do Brasil para as arenas esportivas, refletindo a diversidade e a riqueza da nossa cultura.