Dói muito sentir a ingratidão de um filho(a), pois afasta aquele(a), que mais se importa com ele(a), dor esta, só menor que a pela morte deste(a) filho(a).
O que têm em comum Espiridião Amin Helou Filho e Emílio Da Silva Neto ? Ambos “manezinhos da ilha”, Doutores em Engenharia e Gestão do Conhecimento, casados com alemãs (Heinzen e Franzner) e herdeiros dos nomes dos pais. Esta última coincidência, por sinal, algo de perigo extremo !
Embora cada vez mais “as frutas caiam longe das suas árvores”, pelos fortes ventos das mídias sociais, ou seja, raramente sejam ‘epífitas’ (isto é, como orquídeas que ‘florescem sobre troncos de árvores’), ainda assim, o legado familiar (ótimo ou ruim) mantém-se um importante referencial.
Quanto a isso, oportuno lembrar que o Espiridião sofreu muito na juventude, mas, como exemplo supremo de legado-superação, não capitulou e, depois … “chegou aonde chegou”.
Tudo por ter o nome do pai, Espiridião Amin Helou, o qual matou o próprio irmão, Dahil Amin Helou, seu sócio numa Concessionária Ford. Já o Emílio, de outro lado, teve o pai Emílio Da Silva Júnior, formado já acima de 40 anos de idade, no Curso de Direito na UFSC, em primeiro lugar, com conceito geral 9,7 (o segundo maior da história da UFSC, só perdendo para o seu sobrinho, Desembargador Osni Cardoso Filho, com conceito 10,0), como um dos maiores tributaristas de todos os tempos (que o contem, da Weg, Alidor Lueders, Dimas Vanim e Osmar Graciolla, por exemplo).
Enfim, carregar o nome do próprio pai tem um “peso” muito grande de responsabilidade, tanto pelo lado negativo (necessidade de ‘turn around’), como pelo positivo (obrigatoriedade de continuidade).
Generalizando, o que nunca pode haver é inveja negativa ou, pior, ingratidão, aos pais, ou seja, não reconhecimento pelo bem que fizeram aos filhos, mesmo eventualmente errando. Há que haver valorização e agradecimento pelas lições e bênçãos, em lugar de uma visão unifocada em problemas e coisas não recebidas. Afinal, todo ingrato nunca está satisfeito.
Por que, afinal, este assunto, Emílio ?!?
Porque, vendo tantos pais-avós, aqui em Piçarras, sem os filhos e netos, durante as “Festas Natalinas” (época simbólica de fortalecimento da união familiar), fui perguntar o porquê a alguns deles. Resposta: filhos com mágoas ‘tais e tais’ contra os pais e, também devido a outros compromissos deles … mais importantes !!!
Assim, com os pés na areia da praia e usando meu celular como “máquina de escrever” (rsrsrs), mesmo em férias com minha família (diga-se, de passagem, parcial), não consegui segurar seu desabafo.
Como pai-avô, este consultor de empresas familiares desde 2016, entende, mas não aceita tais justificativas, pois “uma coisa é certa”: muitas vezes, querendo corrigir, reprimir e/ou dar lições nos mais velhos, os mais novos, mesmo sem um passado relevante de sucesso pessoal e profissional, recebem forte reação de quem … ainda está bem ‘vivo’ … ou seja, idoso sim, mas morto não !!! E, mais: neste instante, florescem os demais “sócios” da ingratidão: a falta de humildade e de respeito à idade mais avançada, mas ainda plenamente lúcida e, cada vez mais, carregada daquela sinceridade da “melhor idade”: direito vitalício à opinião, sem medo do entorno parental ou social.
Enfim, vida a fora, sente-se a dor da ingratidão chegar de diferentes corações, mas nada dói tanto como sentir a ingratidão de um filho(a), pois o pior erro de um(a) ingrato(a) é o de afastar as pessoas que mais se importam com ele(a), que são seus pais.
Que tal, por fim, lembrar algumas lições do Torá (5 primeiros Livros da Bíblia Sagrada da Religião Judaica), todo lido nestas férias ?:
⦁ há necessidade de pais instituírem disciplina, evitar dar coisas materiais em demasia e, também, nunca favorecer determinado(a)s filho(a)s
⦁ “honrar pais” significa mais reverência, respeito e ação que sentimento
⦁ pelo ato de “honrar os pais”, a recompensa é uma “vida longa”
Então, as perguntas que “não querem calar”:
⦁ algum(a) filho(a) quer pagar caro pela sua eventual ingratidão ?
⦁ algum pai/mãe quer passar por esta segunda maior dor, só menor que a pela morte de um(a) filho(a) ?
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Emílio Da Silva Neto
(Governança, Profissionalização e Sucessão Empresarial Familiar) [email protected] / 47 9 9977 9595)