“A noite, no melhor da noite!”

Por: Zeca Jr.

30/04/2021 - 01:04 - Atualizada em: 30/04/2021 - 01:07

Nessa semana vamos falar de boas lembranças e de como era bom sairmos para os divertir nos anos 90, as músicas, a forma com que as pessoas se comportavam nas festas, o preço das bebidas e muitas outras coisas.

O estopim pra tudo isso, foi uma imagem que recebi essa semana no whatsApp, com a tabela dos preços das bebidas naquela que foi considerada uma das melhores casas noturnas aqui de Santa Catarina, que era o Baturité em Balneário Camboriú.

A cabeça começou a trabalhar e buscar detalhes de como eram as noitadas agitadas ao som do DJ Cesinha “No Melhor da Noite”.

Apesar de ficarmos até altas horas na casa, a rotina nos obrigava a estar já de manhã na praia para garantir os bônus, ou as entradas cortesias que eram distribuídos sob o sol escaldante e o barulho das ondas do mar. Algo totalmente torturante para quem teria ficado dançando e bebendo na noite anterior.

Mas o importante era não perder a hora, se quiséssemos garantir a entrada free, ou um bom desconto na hora de comprar o ingresso. Falo isso pois naquele tempo, éramos praticamente zerados de grana, porém, de segunda a segunda estávamos no “Batura” batendo cartão.

Pra vocês entenderem melhor, meu pai dava R$10,00 para gastar na noite, como já tinha o ingresso em mãos, era hora de planejar como gastar o dinheiro. Como o preço das bebidas giravam em torno de R$3,00, dava pra tomar duas cervejas, uma caipirinha e sobrava ainda R$1,00 para a água no final da noite.

Outro detalhe é que eu sempre ia de carro, já com meus sobrinhos, daí passava na casa dos meus amigos para recolher a tropa. Para economizar dinheiro, deixava o carro estacionado na rua, aonde hoje está situado o teleférico do Parque Unipraias. Me arriscando sempre a ter uma surpresa quando voltasse para pegar o carro. Detalhe, naquela época, meu carro nem seguro tinha.

Lembro que saíamos cedo de casa, por volta das 21h30min, no máximo 22h já estávamos a caminho pois se não me engano, o horário dos bônus e das cortesias valiam até às 23h. e além de tudo, tínhamos que enfrentar o congestionamento na Avenida Brasil, sentido a Barra Sul.

Com o tempo, passei a utilizar o acesso da Via Gastronômica que passava pelo outro lado da BR101, dessa forma conseguíamos sair do congestionamento e chegar mais cedo ao nosso destino, evitando de perdermos a hora.

Ao chegarmos no Baturité, vinha outro problema que era enfrentar a fila para entrar na casa, mas com certeza, todo o sacrifício valia a pena, pois quando estávamos lá dentro, com certeza éramos recompensados por aquele ambiente mágico onde a diversão era o nosso principal objetivo.

Ah, nosso lugar era sempre nas escadinhas ao lado esquerdo da cabine no DeeJay, deusolivre se chegássemos lá e tivesse alguém no “nosso lugar”.

Lembro que as mesinhas com bancos que ficavam em volta da pista eram “locais sagrados”, reservados para quem comprasse um litro de alguma bebida, como na época quase não existia essa prática, geralmente as mesinhas ficavam vazias e muitas vezes nos aproveitávamos dessa situação, até chegar um garçom e dizer: “Chegou um pessoal que comprou um litro, vocês poderiam desocupar a mesa?”

As músicas eram o ponto alto da noite, meu como dançávamos e nos divertíamos, lembro que elas eram totalmente diferentes das músicas que ouvíamos por aqui e que geralmente, demoravam de dois a três anos para que elas chegassem a Jaraguá.

Ah, como é bom poder ter essas histórias para lembrar, num tempo em que tudo era diferente, que não precisávamos usar drogas para nos divertir, que com R$10,00 fazíamos a festa, e que festa! Pois geralmente saíamos lá de dentro, quando os primeiros raios de sol já estavam brilhando e que teríamos que dormir um pouco para estarmos inteiros para voltar a praia para conseguir os bônus e ingressos para poder curtir mais uma noite “No Baturité, o melhor da noite!”

No Pirata

Seguindo orientações dos órgãos responsáveis, a tradicional Costelada do Pirata foi cancelada.

Atenção marujarada amiga, que estava se preparando para a tradicional Costelada do Pirata, devido ao momento crítico que estamos passando, o Capitão foi orientado pelos órgãos responsáveis, não realizar o evento que estava programado para semana passada e fora transferido para esse sábado.

Com certeza é um momento que exige um grande cuidado que exige responsabilidade e bom senso das partes envolvidas. Principalmente a responsabilidade de quem organiza, pois é ele quem deve arcar com as consequências tanto sejam elas boas ou ruins.

Como conhecemos o Marco (Capitão), sabemos da sua preocupação com a clientela da casa, ele seguirá as orientações recebidas e por ora, não realizará o tradicional evento. Essa mesma preocupação por parte dele, já nos foi mostrada em outros momentos em que o Pirata ficou com suas portas fechadas, mesmo podendo funcionar em horário reduzido.

Vamos segurar as pontas por mais um tempo, para que possamos voltar com saúde e principalmente estarmos vivos, para a próxima costelada.

Fica aqui o recado!

Lembrando ao público, que na sexta-feira (30), o Pirata abre suas portas às 17h. com funcionamento normal, devendo manter os cuidados seguindo todas as normas de segurança conforme orientação da prefeitura de Jaraguá do Sul. Sendo que o limite de pessoas no bar é de 30% da capacidade, mesmo a equipe do Pirata orienta para que todos mantenham a distância de segurança entre pessoas e tragam suas máscaras. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

As mesas poderão ter no máximo 4 pessoas, ao transitar pelo bar você deve estar usando máscara.

O frio está chegando

Minha dica de série na Netflix.

Com temperaturas negativas durante três dias consecutivos, parece que a temporada mais elegante do ano (digo para aqueles que usam chinelos de dedo com meias – rsrs) está chegando. E com ela aquela vontade de tomar um chocolate quente, comendo pipoca, assistindo a sua série favorita na Netflix.

Já estou preparando minha lista, buscando indicações, tudo isso para garantir minha diversão nesse período de pandemia.

Uma das séries que assisti e gostei muito, foi Intersection. Fica a dica para quem curte um drama daqueles.

Vamos embora que a litorina não espera.
Até semana que vem!