Tesouro RendA+: tudo o que você precisa saber antes de investir

Foto; divulgação

Por: Warren Brasil

03/02/2023 - 05:02 - Atualizada em: 03/02/2023 - 08:01

Desde 30 de janeiro, está sendo negociado um novo título do Tesouro Direto, chamado Tesouro RendA+. Esse novo título tem um propósito específico, que é gerar renda mensal para complementar a aposentadoria.

É muito semelhante ao Tesouro IPCA+, já que propicia um rendimento atrelado ao IPCA (inflação oficial) mais uma taxa de juros acima da inflação — neste momento, negociada acima de 6% ao ano. Mas é importante frisar que essa taxa real acima da inflação vai depender das condições de mercado e pode variar para cima ou para baixo da porcentagem citada.

Com esse novo título, o investidor pode se planejar para uma data de aposentadoria, garantindo o recebimento de uma renda mensal pelo período de 20 anos seguintes à data programada. Inicialmente, o tesouro vai disponibilizar oito datas para o início do recebimento: 2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065.

O funcionamento é relativamente simples: o investidor pode fazer aportes quando desejar, com valor mínimo de R$ 30, e vai acumular os valores até a data programada para começar a receber a renda mensal. Cada aporte deverá encontrar taxas de juros diferentes e o que o investidor receberá como renda mensal será o valor acumulado por aportes mais os juros contratados durante o período. Uma informação importante aqui é que mesmo após o início do recebimento das parcelas, os títulos ainda serão reajustados pela inflação mais os juros contratados.

Caso o investidor queira resgatar os títulos antes da data programada, é possível. Nesse caso, os títulos serão vendidos a preço de mercado e a taxação do imposto de renda vai seguir exatamente igual aos outros títulos de renda fixa, começando em 22,5% e terminando com a taxação mínima de 15%. Mas aqui há uma diferença importante em relação aos outros títulos do tesouro: o resgate antecipado só poderá ser feito após 60 dias a partir da compra (outros títulos do tesouro podem ser resgatados a qualquer momento).

Outra diferença importante é em relação à taxa de custódia que é cobrada pela B3. O Tesouro RendA+ terá taxa de custódia zerada para quem carregar o título até a data de vencimento e para quem for receber renda mensal pelos próximos 20 anos abaixo de 6 salários mínimos. O investidor que realizar o resgate antecipado do título terá que pagar a taxa de custódia, que será escalonada da seguinte forma: caso a venda ocorra em um período inferior a 10 anos, o custo será de 0,50% ao ano sobre o valor resgatado; entre 10 e 20 anos, a taxa será de 0,20% ao ano; e acima de 20 anos, a taxa será de 0,10% ao ano.

Há uma vantagem interessante aqui: os títulos atuais do tesouro têm uma taxa de custódia anual de 0,20%, que é cobrada semestralmente. No caso do Tesouro RendA+, a taxa de custódia só será cobrada no momento do resgate, se efetivado antes do vencimento.

Esses novos títulos poderão ser comprados pelos mesmos bancos e corretoras em que já são comprados os outros títulos. Também haverá a possibilidade futura de pagar com PIX, mas isso ainda é restrito a poucas corretoras. Com o tempo, essa possibilidade poderá estar disponível para todos os agentes do mercado.

Como última informação, o site do tesouro disponibiliza um simulador para os investidores. Neste simulador, o investidor pode colocar o ano que deseja se aposentar e qual renda pretende ter. O simulador vai mostrar quanto a pessoa precisa aportar para atingir sua meta.

Se você tiver alguma dúvida sobre este título ou está em busca de especialistas para traçar seus planos, procure a Warren. Vamos juntos entender quais são as melhores opções de investimento para você.

Por César Corso, Especialista de Investimentos. E-mail: cesar.corso@warren.com.br

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