Um passo obrigatório no mundo dos investimentos é identificar o seu perfil de investidor. Este processo envolve um questionário para conhecer a sua situação patrimonial, sua experiência com investimentos e o seu comportamento como investidor. Os perfis são conhecidos como conservador, moderado e arrojado.
A partir daí, é possível elaborar uma carteira de investimentos baseada em sua tolerância ao risco. Na minha visão como planejadora financeira, saber unicamente que você é moderado, por exemplo, não atende a todos os requisitos para a estruturação de um planejamento financeiro completo.
O seu perfil predominante pode ser o moderado, mas você precisará ser conservador em alguns momentos e, em outros, poderá ser arrojado. Saber quanto tempo falta para a realização de um objetivo pode te ajudar a encaixar os investimentos ideais para cada situação.
E além de organizar a sua vida financeira a partir de objetivos, conhecer o seu ciclo de vida é fundamental para te ajudar na tomada de decisão. O ciclo de vida nas finanças costuma ser resumido a quatro fases. A primeira fase ocorre dos 25 aos 35 anos. Geralmente nesta fase o perfil pessoal se mostra mais otimista e arrojado com relação aos investimentos — e isso é positivo, pois o longo prazo é o principal aliado para a construção da independência financeira. Mas não se esqueça: primeiro, forme a sua reserva de emergência.
Na segunda fase, que pode ir até os 45 anos, é o momento de constituição de patrimônio. O perfil de investimentos costuma tolerar riscos, pois o desejo é acelerar o processo de crescimento patrimonial. Porém, além de buscar mais retorno, que consequentemente significa mais risco, há uma necessidade em prover segurança financeira para a família, o que pede revisão para o saldo em reserva.
No terceiro ciclo, que pode ir até os 55 anos, está o ápice da vida profissional, que se reflete na renda e no aumento do patrimônio. O investidor ainda pode assumir riscos e, se os filhos estiverem chegando na independência financeira, o saldo em reserva pode ser ajustado.
Já o quarto ciclo é a reta final para a aposentadoria, um momento que pede a revisão do perfil e produtos de investimento. O patrimônio já está constituído e não há necessidade de correr riscos, pois a volatilidade de curto prazo pode prejudicar todo o plano construído nos anos anteriores. Ajustar as velas do seu barco de acordo com o vento vai te proporcionar uma viagem mais tranquila, segura e pronta para chegar no destino final!
Texto por Ana Kamila, Planejadora Financeira e Especialista em Investimentos na Warren.
E-mail: ana.casagrande@warren.com.br