“♫ Bola na trave não altera o placar/ Bola na área sem ninguém pra cabecear/ Bola na rede pra fazer o gol/ Quem não sonhou em ser um jogador de futebol?” (É uma partida de futebol, Skank
Que emocionante é uma partida de futebol. Que o diga quem assistiu à final da Supercopa dos Campões neste último domingo entre Flamengo e Palmeiras. Baita jogo!
Para quem gosta do esporte bretão, lançamentos perfeitos, dribles mágicos e defesas fantásticas são a essência do futebol arte, com craques em todas as posições. E gols, claro!
Caberia, então, em esporte tão bruto, espaço para a tecnologia? Sim, caberia. E não trato aqui de equipamentos modernos ou do polêmico VAR. O tema pode ser um pouco mais assustador.
Aumento de R$ 341 mil por semana
O jogador belga Kevin De Bruyne convenceu os dirigentes do seu time, o inglês Manchester City, que sua remuneração deveria ser aumentada. Seu pedido foi baseado em big data. E conseguiu: de 350 mil, passou a receber 400 mil euros por semana. Agora é o maior salário do elenco.
Mas o que é big data? É, em resumo, um grande volume de dados analisado de forma produtiva, com cruzamento de informações. Precisa de um programa de computador para tanto. E foi isso que o jogador fez. Ele trocou o seu agente pelo software e, com os dados em mãos (considerando, entre outros, idade, desempenho, qualidade do restante do elenco), provou para o time seu valor.
Ganhando campeonatos com big data
Voltando um pouco no tempo, há o caso de outro time inglês, o Liverpool, que ganhou a Champions League 2019. O time tem, reconhecidamente, um técnico que é considerado um dos melhores do mundo (Jûrgen Klopp) e elenco forte. Mas tem, também, um doutor em física!
Com orientação do Doutor Ian Graham, o time utilizou big data para alcançar o campeonato. O Doutor especializou-se em análise de dados de jogadores, contando com uma base de dados de mais de 100 mil jogadores pelo mundo. Com a análise desses dados, o físico recomenda jogadores para o clube e auxilia o técnico a tomar decisões para suas estratégias em campo. O cruzamento desses dados chega a apontar quais jogadores do elenco combinam entre si.
Análises estatísticas já são comuns em outros esportes. Agora chegam com força no futebol, e sendo realizadas da maneira certa e com os instrumentos certos tendem a elevar o seu nível.
Mas, claro, a criatividade e o jogo de cintura que fazem os craques sempre serão a parte mais bonita do esporte e nada vai substituir aquele jogador que “♫ Tabelou, driblou dois zagueiros, Deu um toque driblou o goleiro, Só não entrou com bola e tudo, Porque teve humildade em gol”, cantado há décadas por Jorge Ben Jor. Foi um gol de anjo, um verdadeiro gol de placa, faz mais um pra gente ver.