“Puxada por alimentos, inflação fecha o ano em 3,75%”

Otimismo na geração de empregos é para o setor da industria e prestação de serviços | Foto Arquivo/Agência Brasil

Por: Pedro Leal

12/01/2019 - 05:01

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou 2018 em 3,75%.

Em 2017, ela havia ficado em 2,95%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação ficou dentro da meta estabelecida pelo Banco Central para 2018, que varia de 3% a 6%.

O principal responsável pela inflação de 3,75% em 2018 foi o aumento do custo com alimentos, que tiveram alta de preços de 4,04% no ano passado. Em 2017, o grupo alimentação e bebidas registrou queda de preços de 1,87%.

O resultado foi impactado pela greve dos caminhoneiros em maio, o que provocou desabastecimento de itens alimentícios e aumento de preços desses produtos – sim: os preços seguem afetados negativamente pela paralisação de maio.

O resultado, de forma geral, não é negativo, embora o impacto possa ser sentido no bolso de forma clara, particularmente no setor alimentício, dado que este tipo de gasto não é supérfluo – e os alimentos consumidos em casa registraram mais inflação do que os bares e restaurantes: 4,53% mais caros no ano, enquanto os preços dos alimentos consumidos fora de casa subiram 3,17%.

Além dos alimentos, outras duas despesas do dia-a-dia puxaram o aumento: habitação (4,72%) e transportes (4,19%).

Entre os nove grupos de despesa pesquisados, apenas comunicação teve deflação, com queda de 0,09%. Os demais grupos tiveram os seguintes índices de inflação: artigos de residência (3,74%), saúde e cuidados pessoais (3,95%), educação (5,32%), despesas pessoais (2,98%) e vestuário (0,61%).

Embora o piso da meta fosse de 3%, no começo do ano o governo do ex-presidente Michel Temer especulava uma inflação na faixa de 2,8% ao fim do ano, e já planejava revisões nas políticas do Banco Central, devido ao não cumprimento da meta.

Comércio está otimista

O comércio catarinense está otimista com as já tradicionais liquidações de início de ano. Além de oportunidades para o consumidor, que encontra descontos, é também a possibilidade para o setor preparar fluxo de caixa para garantir os estoques de inverno.

Um levantamento da FCDL/SC apontou crescimento de 3,55% nas vendas para o Natal deste ano ante o mesmo período de 2017, enquanto a média nacional foi de 2,66%.

Com tíquete médio de R$ 191,36, as compras à vista e no crediário somaram aproximadamente metade das formas de pagamento.

Segundo a entidade, 2018 registrou o melhor resultado de vendas do Natal desde 2011. Presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de SC (FCDL/SC), o lojista Ivan Tauffer lembra que as liquidações complementam as vendas de Natal e já estão no calendário do comércio catarinense.

“O consumidor já está habituado com este período de promoções e descontos e por vezes aguarda o pós-Natal para realizar as compras para si e para casa”, sinaliza.

 

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