“Índice de Preços ao Produtor caiu 1,05% em janeiro deste ano”

Foto African Leadership Magazine

Por: Pedro Leal

28/02/2019 - 05:02

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação de preços de produtos industrializados no momento em que eles saem das fábricas, registrou deflação (queda de preços) de 1,05% em janeiro deste ano. Esse foi o quarto mês consecutivo com registro de deflação.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em dezembro, o IPP havia tido uma deflação de 1,56%. Com o resultado de janeiro, o indicador acumula queda de preços de 4,16% desde outubro do ano passado. Apesar disso, o IPP acumula inflação de 7,99% em 12 meses.

Em janeiro deste ano, 13 das 24 atividades industriais pesquisadas tiveram deflação, com destaque para indústrias extrativas (8,98%), outros produtos químicos (3,43%), alimentos (1,29%) e metalurgia (2,05%).

A deflação raramente  é um bom sinal para a economia: historicamente, ela está associada a quedas no consumo que levam a uma redução nos preços como forma de incentivar o mercado consumidor – resta aguardar para ver se é o caso no cenário nacional, marcado por queda no poder de consumo da população em anos recentes e um ínicio de retomada da economia.

Das 11 atividades com inflação, as maiores altas de preços foram observadas em máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,46%), derivados de petróleo e biocombustíveis (1,51%), impressão (1,34%) e móveis (1,18%).

Entre as grandes categorias econômicas, apenas os bens de consumo duráveis registraram inflação em janeiro (0,88%).

As demais registraram deflação no período: bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos (0,23%), bens intermediários, isto é, insumos industrializados usados no setor produtivo (1,62%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,58%).

In Rede

A ACIJS realiza nesta quinta-feira (28) mais uma edição do In Rede, evento aberto a empreendedores de todas as áreas, associados da entidade ou não.

Com inscrições gratuitas, o In Rede 2019 ocorrerá no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul, a partir das 19 horas, com o objetivo integrar nucleados e alinhar os grupos setoriais à missão da entidade, fortalecendo o associativismo e estimulando um ambiente de negócios favorável aos diversos segmentos produtivos.

Informações pelo telefone (47) 3275-7059 ou pelo e-mail eventos@acijs.com.br.

Denominado In Rede Fusão, a edição deste ano busca associar como o processo de junção dos vários segmentos pode tornar o movimento empreendedor e a cultura do associativismo mais fortes.

A atividade relaciona os movimentos de fusão de átomos, cuja junção resulta na potencialização de resultados.

Os participantes serão integrados em dinâmicas para que cada núcleo identifique oportunidades de crescimento de mercado, por meio da visão de profissionais de diferentes setores.

Participam da atividade os 18 núcleos mantidos pela ACIJS e APEVI, que ao final construirão um mapa de oportunidades e a “negociação” entre as empresas, simulando as relações de mercado.

Estatal ferroviária

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirma que não há decisão tomada sobre a extinção da empresa estatal Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. A empresa é responsável pela construção e manutenção de ferrovias.

De acordo com o ministro, o governo quer diminuir o tamanho da máquina pública e a medida está em debate com o Ministério da Economia, mas ainda não há nada decidido.

Governo entra na OMC

O governo do Brasil formalizou nesta quarta-feira (27) consulta na Organização Mundial do Comércio (OMC), no âmbito do Sistema de Solução de Controvérsias, contra os subsídios ao setor de açúcar na Índia.

A Austrália também formalizou nesta quarta-feira pedido de consultas com questionamentos semelhantes ao governo indiano.

As informações são do Ministério das Relações Exteriores que divulgou nota detalhando o processo. O pedido de consultas é a primeira etapa formal de um contencioso na OMC.

O temor é que as ações indianas causem prejuízos ao mercado açucareiro brasileiro.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).