Bolsonaro anuncia que novo Auxílio Emergencial será de R$ 250

Foto Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Por: Pedro Leal

27/02/2021 - 05:02

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (25), durante sua live semanal nas redes sociais, que o valor do novo auxílio emergencial a ser proposto pelo governo será de R$ 250.

O benefício, segundo ele, deve começar a ser pago ainda em março, por um período total de quatro meses.

“A princípio, o que deve ser feito? A partir de março, por quatro meses, R$ 250 de auxílio emergencial. Então é isso que está sendo disponibilizado, está sendo conversado ainda, em especial, com os presidentes da Câmara [Arthur Lira (PP-AL)] e do Senado [Rodrigo Pacheco (DEM-MG)]. Porque a gente tem que ter certeza de que o que nós acertarmos, vai ser em conjunto”.

A expectativa, segundo o presidente, é que os quatros meses complementares de auxílio possam fazer a “economia pegar de vez”.

“Nossa capacidade de endividamento está, acredito, no limite. Mais quatro meses pra ver se a economia pega de vez, pega pra valer”, afirmou.

Apesar do endividamento no limite e da incapacidade de dar continuidade ao auxílio – que foi fundamental para manter os níveis de consumo no ano passado – o governo segue prometendo renúncias e cortes fiscais, prejudicando sua própria capacidade de financiamento.

O novo auxílio emergencial deve substituir o auxílio pago ao longo do ano passado, como forma de conter os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre a população mais pobre e os trabalhadores informais.

Inicialmente, o auxílio emergencial, em 2020, contou com parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil (no caso de mães chefes de família), por mês, para cada beneficiário.

Projetado para durar três meses, o benefício foi estendido para um total de cinco parcelas.

Em setembro do ano passado, foi liberado o Auxílio Emergencial Extensão, de R$ 300 (R$ 600 para as mães chefes de família), com o pagamento de quatro parcelas mensais.

Lucro da WEG

Mais de 21 mil colaboradores da WEG no Brasil receberão, no próximo dia 10 de março, a parcela complementar de participação nos lucros de 2020.

O Programa WEG de Qualidade e Produtividade (PWQP), implantando originalmente em 1991, distribui anualmente até 12,5% do lucro líquido da companhia.

O pagamento do próximo dia 10, complementará os R$ 80 milhões que já foram antecipados em agosto de 2020.

Fiesc defende tratamento precoce

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, destacou a importância do tratamento precoce contra a Covid-19 e reforçou que a indústria segue rigorosamente os protocolos.

Os assuntos foram debatidos nesta quinta-feira (25), em reunião virtual do Grupo Econômico, coordenado pelo secretário da Fazenda, Paulo Eli.

Clima econômico

O Indicador de Clima Econômico do Brasil subiu 5,1 pontos do último trimestre de 2020 para o primeiro trimestre deste ano e chegou a 72,3 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.

O dado, que reflete a opinião de especialistas em economia do país, foi divulgado na manhã de sexta-feira (26) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Apesar disso, a maioria dos especialistas (66,7% dos entrevistados) revisou para baixo sua projeção para 2021 do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos do Brasil, em relação ao trimestre anterior.

Desemprego

O desemprego recuou para 13,9% no quarto trimestre de 2020, depois de atingir 14,6% no trimestre anterior.

Mas a taxa média de desocupação para o ano passado foi de 13,5%, a maior desde 2012, o que corresponde a cerca de 13,4 milhões de pessoas buscando trabalho no país.

O resultado para o ano interrompe a queda na desocupação iniciada em 2018, quando ficou em 12,3%. Em 2019, o desemprego foi de 11,9%.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (26) pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE).

Desaceleração

A Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta para a desaceleração da atividade do setor após a retomada que caracterizou o segundo semestre de 2020.

Todos os indicadores tiveram queda, entre eles o nível de atividade, o número de empregados, a utilização da capacidade instalada e o nível de atividade no mês em relação ao seu histórico no período.