Depois da repercussão negativa do projeto que tentava flexibilizar o nepotismo – liberando que servidores de carreira que são parentes de vereadores, prefeito e vice pudessem assumir cargos comissionados – os autores da proposta recuaram.
Segundo o presidente da Câmara, Anderson Kassner (PP), o projeto não será votado nessa terça-feira porque receberá uma emenda estabelecendo que a regra só irá valer para quem já ocupa o cargo e seria prejudicado caso algum parente vencesse a eleição.
“Tem gente que é chefe de setor há duas administrações, seria injusto perder a vaga”. Anderson admite que o texto – como apresentado e aprovado em primeiro turno no Legislativo- estava muito genérico e teria capacidade para aumentar o balcão de negócios entre o Executivo e o Legislativo. A emenda é de autoria de Marcelindo Gruner (PTB).
A Lei Orgânica de Jaraguá do Sul proíbe a nomeação de parentes até terceiro grau para cargos comissionados. O projeto que visava mudar a regra para os servidores efetivos foi aprovado em primeiro turno por oito votos favoráveis, um contrário (Ademar Winter) e uma abstenção (Ronaldo Magal), e teve autoria dos vereadores Celestino Klinkoski (PP), Eugênio José Juraszek (PP), Dico Moser (PSDB), Jaime Negherbon (PMDB) e Marcelindo Grunner (PTB).
Pelo menos quatro vereadores têm parentes interessados na medida, entre eles, os autores da proposta Celestino Klinkoski e Dico Moser.