Pertenço a geração das sensações e sorrisos sem emojis. Venho do clã da paciência físico-presente, para a conquista do sexo oposto. Faço parte de uma legião do quinhão, onde o pouco era muito e a luz era a lampião. Rimou sem intensão. Olha a rima em continuação. Então, encerro a rima aqui, ou não chego à conclusão…rs.
Derivo de uma estofa cujo senso crítico era forjado em livros e conteúdos científicos. Minha inquietude me faz surfar a onda da evolução, além de me manter relativamente conectado com o admirável mundo novo. Ele é tecnologicamente fascinante, mas requer poder de adaptação.
A lei da seleção natural diz que sobreviverão os mais adaptáveis e, por conseguinte, os mais expostos ao meio. Eu, porém, digo que na frívola sociabilidade que caracteriza o meio antropofágico midiático, os mais fortes são, paradoxalmente, os mais ausentes.
Já, os mais fracos, são, ironicamente, os mais ativos e expostos às imbecilidades e discussões rasas, por conseguinte, suscetíveis ao ostracismo. Esses morrem primeiro. Não necessariamente o corpo físico, mas a imagem, a reputação, se é que há.
Esses apedeutas se digladiam em suas bolhas existenciais antagônicas, na mais original representação provinciana de seus papéis. Dessa enfadonha e violenta dialética, é difícil saber o que se desnuda mais deprimente: a imbecilidade argumentativa, escrita ou oral, expressa numa refugada gramática ou oratória, ou a barbarização de ataques truculentos.
Esses inadaptáveis ao mundo civilizado, são vítimas do tribunal virtual que eles próprios criaram e alimentam. Expelem, sem medida, seu natural comportamento odioso e obscurantista para, em circunstância posterior, rogar por clemência da forma mais humilhante e degradante possível, tendo que mascarar sua essência como forma de livrar sua anilha excretora. Enfim, é o niilismo intelectual em evidência.
