“Autorresponsabilidade”

Foto IBC (Instituto Brasileiro de Coaching)

Por: Emílio Da Silva Neto

13/06/2019 - 14:06

É comum pôr-se a culpa em outras pessoas ou fatores externos para justificar comportamentos, posturas ou resultados próprios, considerados não satisfatórios. Também, utilizar-se de desculpas, criativamente desenvolvidas pela própria mente, para se defender de frustrações, mesmo que, até, de maneira inconsciente.

Esta dificuldade para assumir os próprios erros até torna-se um hábito. Por exemplo, se alguém está sofrendo é porque um outro está causando este sofrimento, se algo não deu certo é porque outro conspirou contra, e assim por diante.

Essa postura faz com que se acabe gastando muita energia desnecessariamente, visto que é uma grande perda de tempo tentar encontrar culpados por fracassos e, por outro lado, assumir sua própria responsabilidade por erros, permite superar acontecimentos e evitar que problemas idênticos voltem a acontecer no futuro.

Perceber que se permitiu que determinado fator negativo acontecesse na vida e que se é o único responsável por experiências desta natureza é um indício de maturidade emocional.

Seja nos relacionamentos interpessoais ou profissionais, fugir de problemas e consequências deles, assim como negá-los ou ignorá-los, faz com que se afaste de diversas oportunidades de crescer e tornar-se uma pessoa que se deseja ser.

Ou seja, não faz sentido se ficar repetindo, em um ciclo vicioso, os mesmos padrões, ao longo da vida, cometendo sempre os mesmos erros e lidando com as mesmas consequências.

A chamada “autorresponsabilidade”, que pode ajudar muito em muitos fatores, está diretamente ligada a tudo o que alguém permite que aconteça em sua vida pessoal e profissional.

Quem por exemplo, joga a responsabilidade de seus problemas para outras pessoas, certamente ainda não desenvolveu a tal “autorresponsabilidade”.

Mas se alguém consegue entender que tudo o que lhe acontece é responsabilidade sua e de mais ninguém, então ela possui o que se chama de “autorresponsabilidade”. E tudo fica mais fácil de ‘digerir’, de lidar e… a vida fica mais leve.

Enfim, como tudo é fruto do que se planta, perceber isso é fundamental para que se comece a entender a necessidade e a importância que é mudar, ir em busca de novos caminhos e oportunidades, percebendo, no fim das contas, que a autorresponsabilidade permite não só uma vida mais suave, mas mais repleta de realizações.

Autorresponsabilidade significa atentar-se ao alerta de Dale Carnegie, segundo o qual, “na natureza humana, é normal o culpado culpar todos menos a si mesmo” – estando-se, ao contrário, no controle da própria vida, em sentimentos, pensamentos e ações, incluindo erros e êxitos.

Assim, para se desenvolver a autorresponsabilidade, o primeiro passo é sair do ‘modo automático’, isto é, não repetir hábitos previamente moldados, arraigados no cérebro emocional, de forma inercial. Passo seguinte, sair do papel de vítima, focando em soluções, nunca em culpas ou culpados.

Acima de tudo, autorresponsabilidade não significa fazer muito mais trabalho do que o necessário. É aceitar que se é o único que pode mudar a vida própria para melhor.

Por isso, vale perguntar-se se se está pronto para assumir a responsabilidade pela própria vida. Se sim, creia: coisas incríveis podem acontecer.

Enfim, parafraseando John Kennedy: “não pergunte o que os outros podem fazer por você, faça você mesmo”. Ou seja, vire-se!