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“Isolamento social, ansiedade e alimentação: como lidar com essas questões para se manter saudável?”

Foto Arquivo Pexels

Por: Caroline Pappiani

20/04/2020 - 15:04

Se o isolamento social está afetando a sua relação com a comida, este post é para você. Por que tantas pessoas que passam por momentos de estresse e ansiedade descontam na comida? Quantas pessoas pensam que a sua relação com o alimento é baseada em recompensa?

Alguns alimentos parecem ter o poder de alterar os nossos estados emocionais. Por isso, é fundamental adquirir uma rotina e tentar se alimentar em horários semelhantes todos os dias, adquirindo uma constância no padrão do consumo alimentar. Essas pequenas mudanças podem favorecer a refeições com mais tranquilidade e, consequentemente, evitar o excesso da ingestão de alimentos.

Isso porque comer com regularidade e atenção pode levar a uma melhor digestão e ao controle da quantidade e qualidade dos alimentos ingeridos. Geralmente, longos períodos de jejum levam a pessoa ansiosa a devorar tudo o que vê pela frente na próxima refeição e, quase sempre, esses alimentos são ricos em açúcares, gorduras e calorias.

Seria porque o açúcar é um combustível essencial para o cérebro? Ou porque a gordura tem o poder de deixar os alimentos mais saborosos? O estresse eleva os níveis de cortisol, podendo aumentar o apetite. Os alimentos calóricos (ricos em açúcares e/ou gorduras) ativam o centro de prazer do cérebro e liberam dopamina, levando a sensação de recompensa.

Como controlar a ansiedade?

Muitas vezes, apontada como o ponto fraco da dieta, a ansiedade parece estar cada vez mais presente no cotidiano das pessoas. E quando ela ataca, a vontade de devorar tudo o que você encontra pela frente parece ser incontrolável.
E é justamente nos momentos de ansiedade que você pode jogar por água abaixo todo o esforço e determinação dos outros dias. Qualquer relacionamento é baseado em equilíbrio, prazer, confiança e respeito. Sendo assim, a sua relação com os alimentos não deve ser diferente.

Como tentar controlar tudo isso? Pratique exercícios físicos regularmente. Eles liberam substâncias como a endorfina, que aumenta a disposição, traz sensação de bem-estar, reduz o estresse diário e ajuda a diminuir a tensão e a ansiedade. Alimente-se de forma fracionada e evite longos períodos de jejum.

A divisão das refeições pode ajudar a controlar a vontade de comer excessivamente. Evite ter na despensa aqueles alimentos que te fazem perder o controle. Se você não tiver esses alimentos em casa, não terá como descontar a sua ansiedade na comida.

No tempo livre, faça algo que você gosta (ler um livro, assistir TV, ouvir música, passear com o seu animal de estimação, ligar para conversar com algum amigo ou familiar), ao invés de relacionar essas atividades com a comida. Tenha uma boa noite de sono. Quando estamos dormindo produzimos e liberamos hormônios importantes, além de relaxar a mente e o corpo para o dia seguinte.

 

 

Liberte-se da angústia e do sentimento de culpa toda vez que você compensa as suas frustrações em um prato de comida. A fome, a saciedade, a gula, tudo pode ser controlado pela sua mente, desde que ela também esteja “saudável”. Procure profissionais que possam te ajudar a superar esses obstáculos, como psicólogos, nutricionistas e profissionais de educação física.

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Caroline Pappiani

Graduada em Nutrição pela Universidade Regional de Blumenau. Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo. Possui doutorado sanduíche na Universidade de Umeå, na Suécia. Atua como professora da Faculdade Metropolitana de Blumenau e nutricionista na Sportmed.