“A espera de um milagre”

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Por: Andreia Chiavini

14/01/2022 - 11:01 - Atualizada em: 14/01/2022 - 11:12

Há 17 anos, trabalho com Pilates, pratico porque gosto e para manter meus estudos em dia, sentindo na pele todos os benefícios que a técnica proporciona e entender o que os meus pacientes vivenciam.

Sempre levei minha pratica a sério, construía momentos entre mim e o Pilates, me desafiava e entendia que meu corpo aceitava tudo o que eu proporcionava a ele. Raramente sentia desconforto ou dor, mesmo quando eu fazia algum esforço que estava fora da minha rotina diária. Sentia-me muito bem, meus movimentos eram livres, tinha muita mobilidade, flexibilidade e praticamente nada de rigidez muscular. O máximo que acontecia era alguns pontos de tensão quando me preocupava com algo, o que é muito normal em momentos de estresse.

Por vários motivos minha rotina de exercícios não pode ser mais a mesma, minha rotina profissional e pessoal mudou totalmente. Obviamente que em curto período de tempo minha coluna começou a doer, consequentemente a qualidade do meu sono, dos meus movimentos, da minha agilidade, flexibilidade e força muscular foram desaparecendo. Praticamente uma queda livre onde não tive controle e nem freio para segurar.

Meus piores pensamentos me dominaram e o medo tomou conta de mim. Procurei um médico na esperança que pudesse resolver meu problema. Fui para a consulta sabendo que meu corpo estava no verdadeiro SOS, pois foram 5 meses sem praticar meus exercícios depois de tantos anos. Esperava o milagre, afinal, minha rotina de trabalho e outras responsabilidades continuavam e eu não podia ficar “paralisada”. Todos os testes realizados, o diagnóstico: “Andreia, você não tem nada, você sabe o que fazer para que tudo volte à normalidade. Você faz isso há anos, se você esperava um milagre, este só vai acontecer se você voltar a se movimentar com qualidade, seu corpo está te pedindo atividade, exercício”.

Minha frustração ao ouvir as palavras sábias do médico somado ao alívio de ouvi-las, confirmou o que eu sempre soube, não existe milagre. Da mesma forma que eu posso fazer mal a mim mesma, também posso fazer o bem. Por toda a dificuldade que enfrentamos na nossa existência, são os nossos atos e escolhas que determinam como seguir. Esse é o significado que damos ao porque de estarmos nessa vida. É o que nos permite viver com integridade, com a sensação de que estamos sendo o melhor poderíamos ser. A única forma de manter o corpo saudável é cuidando dele todos os dias, nos movimentando com qualidade e eficácia, sem exageros. Porém, constantemente buscando o equilíbrio, pois ele é a ponte que nos conecta. O milagre acontece quando nossa mente aceita.

Andreia Chiavini Movimento e Bem Estar

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