A dor que dói

Foto: Pixabay

Por: Andreia Chiavini

09/09/2015 - 11:09 - Atualizada em: 09/09/2022 - 13:15

A dor que dói, aquela que está aí há anos. Dói a coluna, dói o quadril, dói o joelho, dói a cabeça, dói o pescoço, dói o ombro, dói tudo, dói o coração, dói a alma. Tem protusão, tem degeneração, tem desgaste, tem tensão, tem emoção, tem exame, não tem nada. A dor que persiste, a dor que existe, que ninguém acredita.

A dor que limita que dificulta, que torna incapaz, que traz mal humor e a ansiedade. A dor que sente e se faz presente. A dor que não pode agachar, que não pode sentar, que não pode rodar, que não pode dobrar. A dor que não pode nada. Só pode repousar.

Há o repouso, o grande inimigo. Mas ficar em pé força o joelho, ficar sentado estraga a coluna, não pode andar, então vamos rastejar. Vamos levitar e aí a dor passa. Não passa, ela está ali, faz parte da memória desse corpo que pede socorro e precisa viver. Mas não é encorajado a sair do sofá e a movimentar um corpo real e não um corpo virtual.

Somos muito mais fortes e capazes do que imaginamos. Por vezes ficamos atrelados a informações pobres que nos mantém numa condição de incapacidade, sedentários e sem ação e reação. O tempo passa e nada muda. O remédio não ajuda, o rim já não aguenta mais, o repouso não melhora, intervenções não surtem efeito. Para mudar é preciso perturbar o corpo e modificar as memórias existentes. Por que você não da uma chance de movimentar seu corpo? Eu garanto, quem viver o processo, fizer o que tem que ser feito, vai melhorar.

Fazer exercício físico sim! Aceite o desafio, entenda o que pode ser feito com você e dê um passinho à frente. Quaisquer mínimas mudanças numa péssima condição, já fazem a diferença. O corpo se adapta aos estímulos dados, para que repetindo e repetindo, percebam que podemos repetir mais.

É um caminho a ser percorrido, mas temos a chance de a dor que antes era uma ameaça constante no seu corpo sofrido, seja diminuído. Seu físico e emocional irão mudar, pois terá controle novamente sobre você. Pense nisso, “O limite de quem sabe aonde quer chegar é quando chega, porque nada te para” (Allan Dias Castro).