Três irmãos agricultores morreram por Covid-19 em um intervalo de oito dias, em São João do Sul, no Sul de Santa Catarina. As informações são da reportagem do G1.
De acordo com a Prefeitura da cidade, o trio de irmãos não estava vacinado contra o vírus. Uma mulher de 53 anos, que era a mais velha, e um homem de 48, o mais novo do trio, morreram no dia 13 de setembro. Na terça-feira (21), a outra irmã, uma mulher de 51 anos, também faleceu. Os três foram sepultados no cemitério de São João do Sul.
Conforme a secretária de Saúde do Município, Rejane Elíbio de Borba, os três irmãos – Valdir, Deneci e Denilde Carboni Pedro – foram procurados diversas vezes pelas equipes de saúde para serem imunizados contra a doença.
“Em função disso eles foram contaminados. Os três acabaram internados e os sintomas não pararam de evoluir. Eles foram levados para a UTI e depois intubados. Dois deles morreram no mesmo dia”, contou a secretária de saúde ao G1.
Altair, um dos seis irmãos, disse que não sabia que as vítimas não tinham se vacinado. Ele ainda informou que as irmãs tinham diabete e teriam falado que estavam com medo da reação da vacina. Já Valdir, não teria ido se vacinar porque estava trabalhando muito e não teve tempo, segundo o irmão.
“Eu não sabia que eles não tomaram. Foi uma tragédia. Os meus pais tomaram a injeção. Eles [os irmãos] eram novos e negligenciaram”, disse Altair ao G1.
Os pais de 81 e 86 anos, e um irmão mais velho, de 58, também contraíram Covid, mas todos estavam vacinados e apresentaram apenas sintomas leves.
A última vítima, uma mulher de 51 anos, ficou hospitalizada por 21 dias. Ela teve problemas renais e chegou a ser submetida a traqueostomia.
Até está quarta-feira (22), 17 pessoas morreram na cidade por complicações da doença, segundo dados são da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Conforme o cronograma estadual de vacinação, os irmãos poderiam estar imunizados quando contraíram a doença.
De acordo com a Prefeitura, após a morte dos irmãos, familiares que também tinham negado a imunização, procuraram o posto de saúde para se vacinar. Segundo a secretária de saúde, o caso é considerado anormal no município.