O Péctus excavatum ou peito de sapateiro, é bastante analisado e tratado nos homens e devido a ocorrer menos nas mulheres (uma mulher para cada 4-5 homens) e os seios de certa forma camuflarem o defeito, elas são subdiagnosticadas.
O cirurgião torácico Dr. Giovani W. Mezzalira afirma que muitas mulheres colocam o implante de silicone para esconder o defeito, no entanto, isto não trata a deformidade, “o esterno e a cavidade torácica continuarão a fazer pressão no pulmão e no coração”.
Alguns trabalhos comentam que na velhice os sintomas serão mais severos nas mulheres, sendo eles: dispneia ou cansaço, intolerância aos exercícios, taquicardia e palpitação, sensação de pressão torácica ou até mesmo dor e tontura.
De acordo com o cirurgião, o índice de Haller é uma fórmula matemática que analisa a compressão das estruturas ósseas sobre o pulmão e o coração. Nesse slide de uma aula do Congresso Internacional de Cirurgiões Torácicos que o Dr. Giovani W. Mezzalira participou em janeiro de 2021, nota-se perfeitamente que o seio esconde uma deformidade bem mais agressiva do que a visão masculina.
“Quando se olha o indivíduo masculino se vê uma grande deformidade e quando se olha a mulher não se percebe tanto pois os seios camuflam a mesma, no entanto, quando a tomografia é analisada pode-se ver que a compressão sob o coração e o pulmão na mulher é o dobro quando comparada a do homem. Basta olhar para o índice de Haller: no homem 3.7 e na mulher 6. Entretanto, na mulher torna-se visivelmente menor”, ressalta.
Ele ainda explica que as próteses na fotografia fazem com que fique de certa forma perfeito, mas percebe-se a grande depressão e o empurrar sobre a estrutura do meio (chamado mediastino) que é o coração desviado para o lado esquerdo.
O especialista destaca que é preciso fazer mais diagnósticos nas mulheres para que elas possam com a longevidade da vida, ter menos sintomas e um aproveitamento melhor da sua faixa etária.