A Fecam (Federação Catarinense de Municípios) assinou nesta quinta-feira (10) o protocolo de intenção para compra da vacina contra o coronavírus CoronaVac, mas a microrregião de Jaraguá do Sul ainda acompanha o assunto com cautela.
O protocolo apenas formaliza a intenção de compra por parte dos municípios catarinenses, mas ainda não traz informações sobre prazos ou quantidades.
O presidente da Amvali (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu) prefeito João Gottardi (PSD), de Corupá, participou da assinatura nesta quinta-feira, também como membro da diretoria da Fecam.
Ele explica que o protocolo credencia as cidades de Santa Catarina a comprar a vacina, desde que seja do interesse delas.
“Era preciso encontrar mais formas de garantir a imunização aos moradores, por isso a Fecam buscou a parceria com Instituto Butantan. Mas a formalização para a compra só ocorrerá após a autorização da Anvisa”, afirma.
Segundo o prefeito, os municípios que compõem a Amvali têm duas possibilidades de compra, caso seja do interesse dos prefeitos, “que devem conversar e analisar em conjunto as possibilidades”, diz.
As vacinas poderiam ser adquiridas pelo Consórcio Intermunicipal de Gestão Pública do Vale do Itapocu (Cigamvali) ou também pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Nordeste de SC (Cisnordeste).
“Os municípios também podem adquirir de forma individual ou buscar justamente o apoio da Fecam para a possibilidade de compra conjunta”, explica o presidente.
Jaraguá do Sul e Guaramirim
Sobre a possibilidade de Jaraguá do Sul comprar doses da vacina para o município, a chefe de gabinete e presidente do Comitê Extraordinária de Combate ao Coronavírus de Jaraguá do Sul Emanuela Wolff ressalta que a discussão ainda não chegou nesse momento.
A Prefeitura está aguardando posicionamento da Fecam, pois ainda se trata apenas de um protocolo de intenção de compra, explica.
“Não temos noção de preço, quantidade disponibilizada, regras, quantas doses, sem isso é impossível dizer algo. Seria brincar com a comunidade, se nós nos manifestarmos sem termos noção concreta de algo”, afirma.
Em Guaramirim, o prefeito Luís Chiodini (PP) diz que o município foi um dos primeiros de Santa Catarina a se preparar durante 2020 para uma possível campanha de imunização, com todas as suas unidades de saúde tendo reservatórios para as vacinas e ainda cobertura de 100% do território do município com vacinadores capacitados.

Representantes da Fecam com o prefeito de SP João Dória, na assinatura de protocolo na quinta-feira (10) | Foto: Divulgação
No entanto, o prefeito diz que uma das principais preocupações é quanto a segurança da compra, para que os municípios tenham garantia de que, caso paguem pelas vacinas de forma antecipada, elas sejam entregues.
“Não podemos cair naquilo que aconteceu com os respiradores [comprados pelo governo do Estado], de comprar algo que não vai ser entregue, independente se houve má-fé ou não”, declara.
Para o prefeito, a opção ideal seria que os municípios da Amvali adquirissem em conjunto a vacina, pois o grupo ganharia força política ao comprar em mais quantidade, tendo mais interesse de venda para os fornecedores.
A Coronavac está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com Butantan. A vacina está em sua fase 3 de desenvolvimento no país, que é a última etapa de estudo antes da obtenção do registro sanitário e a disponibilização para a população.
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