Até a manhã desta sexta-feira, ao menos, 11 suspeitos de envolvimento no esquema orquestrado para o assalto ao Banco do Brasil de Criciúma foram presos em ações policiais distintas. Cinco prisões ocorreram no Rio Grande do Sul, três em Santa Catarina e, agora, três em São Paulo. A polícia trabalha com a participação de, ao menos, 30 criminosos, direta e indiretamente.

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A mais recente foi na última noite, em Campinas, interior paulista, com a detenção de um casal. A mulher, inclusive, teria confessado participação à polícia. Explosivos similares usados ao ataque e munições de fuzil foram apreendidos.

Foto: Denny Cesare/Código19
Segundo o coronel Rogério Silva, da PM de São Paulo, em entrevista ao G1, no celular dela foram localizadas mensagens que comprovam o elo ao crime, considerado o maior roubo de Santa Catarina.
O coronel destaca ainda que o serviço de inteligência da polícia confirmou que um dos veículos utilizados no crime havia sido abastecido em posto de combustíveis na Rodovia Anhanguera, em Campinas. Imagens mostrariam o casal no veículo, sendo dirigido pelo marido.
“No escritório, localizamos o cartão de crédito utilizado no abastecimento”, diz Silva.
Facção paulista
Um dos criminosos presos no final da manhã de quinta-feira em Gramado, na Serra gaúcha, em um chalé de luxo, pela Polícia Civil, foi identificado como Márcio Geraldo Alves Ferreira, vulgo Buda, natural de Minas Gerais.

Foto: Divulgação Polícia Civil do RS
Conforme divulgou o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) do RS, ele teria participação direta no megaassalto.
“Buda”, conforme já divulgado pela imprensa em nível nacional, é braço-direito do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa de origem paulista, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.
O preso em Gramado havia sido detido em 2014 por ter arquitetado a tentativa de fuga de Marcola do sistema prisional paulista. Ele seria resgatado da Penitenciária de Presidente Wenceslau com apoio de helicóptero, mas o plano acabou não dando certo.

Foto: Divulgação
“Buda”, que não reagiu à prisão, estaria solto devido a um habeas corpus. Com ele, também foi detido um comparsa, que tentou fugir para um matagal, mas acabou sendo interceptado pela Polícia Civil.
Ação da PRF
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), que atua no Rio Grande do Sul, capturou cinco envolvidos – três deles na cidade de Passo de Torres, com Santa Catarina, e outros dois em São Leopoldo (RS).

Foto: Talise Freitas
Como medida de segurança, a dupla presa no Vale dos Sinos gaúcho foi transferida paro o estado catarinense ainda na manhã de ontem, após o flagrante ter sido lavrado no Departamento Estadual de Investigação Criminal (Deic), em Porto Alegre, pelos crimes de organização criminosa e roubo a banco.
Segundo informações da PRF, eles foram abordados em um veículo, com placas de São Paulo, dentro do qual foram apreendidos R$ 8 mil.
Bope
Já pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Brigada Militar, um indivíduo foi preso no município de Três Cachoeiras, na divisa com Morrinhos do Sul, a cerca de 100km de onde o ataque ocorreu.
O indivíduo estava numa residência, onde os policiais encontraram uma calça com vestígios de sangue, o que pode indicar que outro homem envolvido no roubo e que estaria ferido também esteve no local.

Foto: Polícia Militar/Divulgação
Conforme o vice-governador e Secretário da Segurança Pública, delegado Ranolfo Vieira Júnior, a casa pode ter servido de ponto de transição após o ataque. Ainda segundo ele, os presos no estado não são gaúchos, mas naturais de São Paulo.
Também a Polícia Militar de São Paulo deteve, após denúncia, uma mulher suspeita de envolvimento no roubo. Ela é auxiliar de limpeza e tem 31 anos.
Foram apreendidos na ação, malotes de dinheiro do BB vazios, que ainda serão periciados, além de mais de 200 munições de fuzil, rádios transmissores, armas de fogo, seis tabletes de cocaína, espoletas de acionamento de explosivos e dez celulares.

Foto: Divulgação Polícia Civil/SP
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