Deve ser lançado em setembro o edital de licitação para a contratação de empresa que irá executar o projeto de revitalização da área externa da Arena Jaraguá. O projeto prevê as obras de infraestrutura e também de paisagismo e lazer – com arborização e espaços para prática de atividades. Serão investidos R$ 750 mil para a execução.
A secretária de Cultura, Esporte e Lazer, Natália Petry, explica que neste primeiro momento será feita a revitalização da área externa, semelhante ao espaço construído no entorno do ginásio Artur Müller. Já a parte interna da Arena, relativa à estrutura física do prédio, ficará para um segundo momento, pela falta de recursos para a reforma.
Conforme o projeto, será construída uma praça com duas quadras de basquete, uma academia ao ar livre, playground infantil e uma pista para prática de pump track – modalidade de ciclismo em que não é preciso pedalar, usando-se apenas o embalo da pista e movimento do corpo. A arquiteta urbanista que encabeçou o projeto, Estefânia Ramlow, explica que a modalidade pode ser praticada por pessoas de várias faixas etárias, permitindo que o maior número de pessoas utilizem o equipamento.

Área para prática esportiva e com espaços para lazer serão instaladas na frente da Arena Jaraguá | Foto Divulgação
Para a execução dos trabalhos de paisagismo e lazer serão investidos R$ 250 mil, recursos proveniente de emenda parlamentar de Ângela Albino (PCdoB). Já a parte de infraestrutura do projeto prevê obras de drenagem, pavimentação e calçadas com acessibilidade. Para a parte de infraestrutura, serão aplicados R$ 500 mil, de emenda parlamentar do deputado federal Mauro Mariani (PMDB). Em relação ao estacionamento, a arquiteta informa que serão destinadas cinco grandes áreas, com mais de 1,4 mil vagas, sendo a maior parte para carros, mas também prevendo espaços para ônibus, motos e ainda vagas exclusivas para pessoas com mobilidade reduzida. Contudo, as áreas de estacionamento ainda não serão asfaltadas nesta licitação, já que os recursos não foram suficientes.
A secretária Natália explica que, originalmente, as duas emendas seriam destinadas para a construção do primeiro parque municipal da cidade, no bairro Ilha da Figueira, na Via Verde. Porém, pela falta de desapropriação de um imóvel, os recursos precisaram ser remanejados antes do fim de 2016 e foram revertidos à Arena.
Neste ano, o governo deu início ao processo de aprovação do projeto pela Caixa Econômica Federal, que faz o repasse das verbas das emendas. Com a mudança de gestão, explica a arquiteta, ajustes precisaram ser feitos na planilha de orçamento, assim como foram feitas as adequações e correções apontadas pela Caixa. O projeto foi aprovado em maio. Já a liberação total dos recursos ocorreu em meados de julho, afirma Natália.
Agora, o governo vem preparando a licitação da obra, cujo edital deve ser lançado no próximo mês. Considerando o período de 30 dias para a concorrência das empresas interessadas, prazos de recursos, entre outros trâmites, a secretária estima que os trabalhos devem ser iniciados ainda neste ano, por volta de outubro. Já o cronograma da obra prevê o período de cinco meses para a conclusão dos trabalhos.
REFORMA DE PRÉDIO PRECISA DE RECURSOS
Para promover a reforma da estrutura física do prédio da Arena, a secretária conta que está em busca de recursos junto ao secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Carlos Chiodini. “Nós não temos hoje nenhum recurso previsto para a reforma da Arena, mas já estamos conversando com o deputado Chiodini e o prefeito Antídio (Lunelli) inclusive tem em seu plano de governo a reforma da Arena nessa gestão, é uma das prioridades”, comenta Natália. Ela acrescenta que nessa etapa será incluída a pavimentação dos estacionamentos, não incluída nessa licitação.
Após a revitalização da área externa e reforma do prédio, a intenção é desenvolver um plano de negócios para que a Arena se torna autossustentável. “Porque é um custo. A Arena depois que ela foi construída, faz dez anos, ela não passou por nenhuma reforma, mas hoje para fazer o básico, só o que tem de vidro quebrado, de lâmpada queimada, de corrimão quebrado, de gesso caindo, de banheiro não funcionando, isso passa de R$ 200 mil”, observa a secretária.
No momento, acrescenta Natália, estão sendo tomadas as primeiras providências quanto ao telhado da estrutura, que sofre com goteiras quando há chuvas fortes. “A última trovoada que deu, nós tiramos água de rodo daqui de dentro, e isso compromete todo o resto (da estrutura)”, relata. Uma das alternativas comentadas pela secretária seria realizar uma parceria público privada (PPP), proposta que já havia sido levantada quando a Arena foi construída, em 2007.