O Jaraguá Mais saudável busca promover, ao lado de seus parceiros, ações relacionadas a três pilares: comer, mover e pertencer. Pensando no pilar “Comer”, a nutricionista Elaine Leite Richter da Unimed Personal vem contribuir no mês das crianças sobre a alimentação dos pequenos, desde a introdução alimentar.
Quando falamos em introdução alimentar, logo pensamos nas refeições que o bebê fará a partir dos seis meses, mas ela começa muito antes disso: ainda na gestação o bebê pode sentir o cheiro e o sabor dos alimentos ingeridos pela mãe, e sua preferência alimentar já começa a ser moldada antes mesmo de nascer.
É na gestação que iniciamos o período mais importante conhecido como Os Primeiros Mil Dias, são esses dias que começamos a escrever a história de nossos filhos.
Os primeiros mil dias das nossas vidas são formados pelo tempo da gestação mais os dois primeiros anos de vida.
E não é uma divisão arbitrária sem sentido. É nessa fase em que podemos silenciar ou ativar alguns genes com muita facilidade.
Nascemos como uma tela limpa: é aqui que começamos os desenhos que ficarão marcados na nossa genética.
A formação do paladar vai muito além do período de introdução alimentar. Começa na gestação, se fortalece na amamentação e se estabelece com a oferta de alimentos.
Desde a preferência por determinado sabor, até o risco de desenvolver doenças crônica (diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia) na vida adulta. Por esse motivo que é tão importante respeitar a introdução tardia de determinados alimentos, por exemplo: açúcar, chocolate, embutidos, mel e café.
O ato de comer precisa ser algo saboroso e cheio de nutrientes, sempre pensando em comida de verdade, que é aquela que podemos plantar e colher.
Na introdução alimentar, a preferência por determinados alimentos é resultado de dois atores: a oferta que os pais fazem e os resgate da memória gustativa da gestação/amamentação.
Em geral, a preferência alimentar já está estabelecida aos dois anos. Mesmo assim, o consumo desregulado de alimentos altamente processados depois dessa idade pode causar dependência, pois a combinação de gordura e açúcar e outros aditivos gera um vício difícil de se romper.
O comer está relacionado também muito ao emocional, por isso, é preciso ter moderação sempre.
Os pais não devem compensar alguma “falta” ofertando alimentos processados e ultraprocessados com alto valor calórico e sem nutrientes, como bolacha, chips, salsicha, cheios de corante e conservantes.
Compense brincando, dando carinho, dançando, levando para passear. É muito importante ter o acompanhamento nutricional desde a gestação até os dois anos da criança, para que o nutricionista consiga ajudar os pais nesse momento tão importante e que não falte os nutrientes necessários.
Assim a criança formará um bom hábito alimentar que levará por toda vida.