Por maioria, os 11 prefeitos da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC), avaliada como gravíssima em contágio, decidiram decretar medidas mais restritivas com o objetivo de conter a pandemia de Covid-19.
O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, já anunciou que a cidade não irá aderir.
O novo decreto deve valer a partir de quinta-feira, após ser homologado pelos secretários de Saúde durante a reunião da Comissão Intergestores Regional (CIR), que envolve também representantes do Governo do Estado.
Medidas
As novas medidas, que terão validade por 14 dias, atingem os serviços de alimentações essenciais, tais como:
- supermercados
- mercados
- mercearias
- padarias
- açougues
- fruteiras
- feiras livres
- peixarias
- lojas de venda de produtos alimentícios lojas de venda de salgados, doces, bolos e tortas
Esses podem funcionar das 6h às 20h, de segunda-feira a sexta-feira, e sábado até às 12 horas.
No domingo serão fechados.
A ida aos supermercados será restrita a apenas um membro da família.
Bares, lanchonetes e restaurantes
Os bares, lanchonetes e restaurantes fecham nos fins de semana e funcionam de segunda a sexta-feira até 21h.
As academias fecham no sábado e domingo, funcionando de segunda a sexta-feira das 6h até às 20h.
As igrejas permanecem abertas, respeitando o limite de 30% da capacidade.
Festas particulares
Estão proibidas as festas particulares e familiares.
Os salões de beleza devem priorizar o atendimento por agendamento.
No período noturno estão permitidos os serviços por delivery, retirada na porta ou drive thru, de segunda-feira a domingo, sem restrição de horário.
Falta de profissionais
Antes de debater o decreto, o diretor técnico do Hospital São José, Raphael Elias Farias, participou, de forma remota, do encontro, tratando da atual situação, da qual apontou que o principal problema é a falta de profissionais para atender os leitos de UTI.
Segundo ele, tem quatro leitos que não foram abertos ainda por falta de profissionais, principalmente os técnicos de enfermagem.

Diretor técnico do Hospital São José, Raphael Elias Farias, participou de forma remota / Fotos: Divulgação AMREC
Além do diretor técnico, os prefeitos de Morro da Fumaça, Noi Coral, e de Urussanga, Gustavo Cancelier, também participaram de forma virtual.
Forma conjunta
Para o presidente da AMREC e prefeito de Cocal do Sul, Ademir Magagnin, as restrições precisavam ser tomadas e de forma conjunta.
“Nós entendemos que deveríamos tomar algumas decisões, restringindo mais nos próximos 14 dias e de forma conjunta. Acreditamos que essas medidas vão ao encontro do que precisamos para enfrentar os problemas que estamos enfrentando nas nossas cidades. A população tem nos abordado pedindo mais restrições e é muito difícil para um prefeito tomar uma atitude de fechar um comércio, mas a população precisa colaborar. Vamos cobrar que a população participe também do combate ao coronavírus. Assim como vamos cobrar da população, aumentando a fiscalização. Ela também precisa fazer a sua parte”, declarou.
Região Carbonífera
- Balneário Rincão
- Cocal do Sul
- Criciúma
- Forquilhinha
- Içara
- Lauro Müller
- Morro da Fumaça
- Nova Veneza
- Orleans
- Siderópolis
- Treviso
- Urussanga
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